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O bitcoin pode chegar a US$ 500 mil na próxima década, afirmam irmãos Winklevoss

28 ago 2020, 14:17 - atualizado em 28 ago 2020, 14:17
“O dólar americano não é mais uma reserva confiável de valor. Cameron e eu argumentamos a favor do bitcoin a US$ 500 mil”, afirmam os irmãos Winklevoss, conhecidos na indústria cripto por fundarem a corretora Gemini (Imagem: Reuters/Stephen Lam)

O preço do bitcoin pode ultrapassar os US$ 500 mil por conta da inflação impulsionada pelo governo americano pela mineração de ouro de asteroides, afirmam Tyler e Cameron Winklevoss, fundadores da corretora cripto Gemini e conhecidos por terem fundado o Facebook.

Segundo o Decrypt, os gêmeos reconhecem que o ouro serviu como uma reserva confiável de valor, pois investidores o utilizam como proteção contra a inflação, fazendo com que o preço do metal precioso dispare além da demanda por seu consumo.

Porém, os Winklevoss afirmam que o ouro pode estar com os dias contados, pois é um ativo escasso apenas no planeta Terra.

“A ‘Corrida do Ouro Espacial’ começou. O governo americano já criou legislações que permitem que empresas de mineração de asteroides tenham direito ao que minerarem ou obtiverem do espaço”, afirmaram eles.

Eles explicam que Elon Musk, fundador da empresa de exploração espacial SpaceX, já tem planos de minerar ouro em asteroides, o que criaria uma “inevitabilidade a longo prazo que irá fazer o preço do ouro despencar”. Além disso, eles citam a falta de portabilidade do ouro como outro problema.

Os gêmeos afirmam que isso pode pavimentar o caminho para o preço do bitcoin disparar por conta de um dólar inflacionado e uma quantidade infinita de ouro.

Do ouro ao bitcoin:
o que aprendemos com a crise de 2008?

“O dólar americano não é mais uma reserva confiável de valor. Cameron e eu argumentamos a favor do bitcoin a US$ 500 mil”, tuitou Tyler.

“No fim das contas, o bitcoin é melhor em ser ouro do que o próprio ouro — e não apenas de forma incremental, como também por ordem de magnitude ou dez vezes melhor”, disse Winklevoss.

Eles até promoveram a grande base de usuários do Bitcoin, sua acessibilidade e portabilidade e sua vantagem de pioneiro para explicar por que o ativo é “o primeiro que se assemelha às propriedades de reserva de valor do ouro”.

“Acreditamos que o bitcoin irá continuar a canibalizar o ouro e que essa história irá se desenrolar bastante na próxima década. A taxa de adesão tecnológica está crescendo exponencialmente. Software está devorando o mundo e o ouro está no cardápio”, disseram eles.

Em relação aos US$ 500 mil, os gêmeos argumenta que o contexto de “bull market” do Bitcoin está “subvalorizado por um múltiplo de 45” quando o ativo é modelado no aumento do ouro para sua avaliação atual de US$ 9 trilhões.

“Em outras palavras, se o preço do bitcoin aumentasse 45x do preço atual, isso significa que poderíamos ver um preço de US$ 500 mil por bitcoin”, afirmaram eles.

Já que os irmãos Winklevoss têm mais de 1% de todos os bitcoins no planeta, eles irão ganhar bastante dinheiro se essa valorização acontecer.

Clique aqui para entender melhor por que o bitcoin é considerado escasso e serve como reserva de valor e ouça a edição de número 35 do podcast Crypto Storm: