O bitcoin é um ativo de risco, e não de proteção, afirmam estrategistas do JPMorgan
É mais apropriado caracterizar o bitcoin como um ativo de “risco” do que um ativo “seguro”, afirmam estrategistas do banco JPMorgan.
Isso devido à forma como o bitcoin se comportou no último ano em comparação a ações, segundo o grupo de estrategistas liderados por Nikolaos Panigirtzoglou em nota publicada na última sexta-feira (22). Desde março de 2020, a correlação entre o bitcoin e a S&P 500 aumentou, afirmam eles.
A correlação do ouro com a S&P 500 foi predominantemente positiva.
Assim, “tanto o bitcoin como o ouro poderiam ser melhor caracterizados como ativos de ‘risco’ em vez de ‘segurança’”, afirmaram eles, acreditando que investidores preferem esses ativos porque são opções “alternativas” do que ativos seguros ou de “proteção” (“hedge”).
Embora o bitcoin esteja passando por uma demanda institucional e do varejo, seu retorno de preço aos US$ 40 mil parece difícil no futuro próximo, segundo os estrategistas.
Isso porque o ritmo de fluxos no Bitcoin Trust (GBTC) da Grayscale “parecem ter atingido seu auge” com base em médias móveis de quatro semanas.
“Neste momento, o impulso de fluxo institucional por trás do Bitcoin Trust da Grayscale não é forte o suficiente para que o bitcoin ultrapasse os US$ 40 mil conforme o ritmo de quatro semanas do fluxo do GBTC parece ter atingido seu auge”, afirmaram os estrategistas.
“Além disso, o risco é que negociadores continuarão a abandonar suas posições em futuros de bitcoin.”
No início de janeiro, os estrategistas disseram que o preço do bitcoin iria ultrapassar US$ 146 mil a longo prazo, dado que sua volatilidade se converge com a do ouro.
Reiterando esse ponto na nota mais recente, os estrategistas disseram que o processo poderá levar anos e depende da governança do bitcoin em se tornar mais institucional e menos direcionado ao varejo nos próximos anos.
“Ao todo, embora o bitcoin esteja sendo negociado em nossa faixa de valor justo entre US$ 11 mil e US$ 35 mil (a níveis atuais de volatilidade do bitcoin), o aparente auge do ritmo de fluxo no Bitcoin Trust da Grayscale e uma deterioração mecânica de nossa sinalização de dinâmica até o fim do mês, indicam que o fator de riscos a curto prazo ainda está tendendo para baixo”, acrescentaram eles.