O Bitcoin (BTC) morreu e foi enterrado; confira o obituário
O fato de que o mercado cripto e o Bitcoin (BTC) passaram por um ano ruim é um consenso geral. Ainda assim, a criptomoeda foi declarada morta menos vezes do que no ano passado.
Em 2022, o bitcoin morreu nada menos que 27 vezes. Porém, em 2021 o número foi bem maior, de 47, segundo o bitcoin obituaries.
O site 99bitcoins possui uma ferramenta chamada “Obituários”. Não se trata de uma métrica tão séria. Na realidade, é uma brincadeira onde qualquer um pode enviar uma sugestão sobre artigos, personalidades e outros veículos que decretaram o falecimento do ativo.
Do primeiro ao último obituário
O último obituário pertence a um artigo no blog do Banco Central Europeu, escrito por Ulrich Bindseil e Jürgen Schaaf no dia 30 de novembro.
O título do obituário é marcante: “Bitcoin’s last stand”, ou algo como “A última defensiva do Bitcoin”.
Já o primeiro funeral dedicado ao Bitcoin neste ano foi “A bomba-relógio do criptofascismo”, publicado no jornal “In These Times” pelo Hamilton Nolan no dia 4 de janeiro. Confira um trecho da marcha fúnebre:
“A queda das criptomoedas está prestes a acontecer pela mesma razão que todos os esquemas Ponzi eventualmente desmoronam: não há um suprimento infinito de novas pessoas dispostas a pagar preços cada vez maiores pelas coisas que você possui atualmente. A questão mais interessante não é se muitos pequenos investidores perderão muito dinheiro em seus investimentos em criptomoedas, mas o que acontecerá quando isso acontecer?”
Em entrevista à Bloomberg, Jamie Dimon – empresário e banqueiro bilionário americano – crítica tokens criptográficos como ‘esquemas Ponzi descentralizados’ e entra para a lista de coveiros no site do obituários. Veja trecho do acidente:
“Sou um grande cético em relação aos tokens criptográficos, que você chama de moeda, como o Bitcoin. Eles são esquemas Ponzi descentralizados”, anuncia.
Tiago Reis, o ceifador brasileiro
Existem funerais que não entraram na lista do site, mas que contaram com lindas cerimônias e são de origem nacional.
Um dos exemplos de mortes declaradas por brasileiros são todas as que foram anunciadas pelo ceifador de criptomoedas, Tiago Reis, fundador da Suno.
Reis voltou a criticar de forma mais constante o mercado de criptoativos em seu Twitter. Alguns usuários chegaram a reclamar que ele fazia isso com mais frequência do que discutia sobre ações.
Falar sobre ações não está dando mais engajamento?
— André Yagüe (@euandreyague) December 4, 2022
O último funeral do especialista foi no começo de dezembro. A cerimônia, embora bonita, não foi digna suficiente para ser emplacada junto com os maiores veículos de informações e personalidades que estão no site Obituaries.
Uns 12-18 meses atrás, pessoas normais falavam de investir em Bitcoin, cripto e NFT de macaquinho aqui no Twitter.
Hoje só sobraram os mais radicais, aqueles de olhos vermelhos que colocam “Bitcoin” no nome do Twitter.
Sobraram poucos infectados por este male. Que bom…
— Tiago Guitián Reis (@Tiagogreis) December 4, 2022
Reis ainda prevê um duelo mortal entre ele e a criptomoeda. Confira:
Preferível a morte que comprar Bitcoin
— Tiago Guitián Reis (@Tiagogreis) December 4, 2022