Fernanda Consorte: O benefício da dúvida
Por Fernanda Consorte
CAUSA: Os planos são (ou eram): votação do texto da Reforma da Previdência na Comissão Especial até 25/junho — conhecido como ontem — e encaminhamento ao plenário da Câmara dos Deputados para voto antes do recesso em 15/julho — conhecido como em menos de 20 dias (sempre me soou excesso de confiança, num processo com raízes burocráticas).
Mas… Rodrigo Maia (presidente da Câmara dos Deputados) disse que a votação do relatório na Comissão Especial da Reforma da Previdência pode ser adiada, uma vez que pretende costurar acordo com governadores para incluir os estados e municípios no texto final a ser votado na comissão especial.
CONSEQUÊNCIA: O mercado, desde a percepção de melhora de articulação política entre governo e Congresso, ou percepção de que há quase um parlamentarismo em voga, deu o benefício da dúvida ao Congresso. Portanto, a taxa de câmbio opera em patamares baixos. Porém, sem querer soar pessimista, se os planos saírem totalmente de sua rota original, o humor pode mudar. Estejam preparados.