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O banco que pode decolar 60% em 2023, segundo o UBS BB

27 jan 2023, 17:36 - atualizado em 27 jan 2023, 17:36
Banco Pan
Banco Pan (BPAN4) tem potencial para subir 63,4% no ano, avalia UBS BB (Imagem: Banco Pan/Divulgação)

O UBS BB iniciou a cobertura do Banco Pan (BPAN4) estimando um potencial de alta de 63,4% para as ações em 2023. A recomendação do banco é de compra dos papéis, com preço-alvo em R$ 9,20.

Os analistas Olavo Arthuzo e Thiago Batista, do UBS, acreditam que uma combinação de cinco pilares principais levará o banco a atingir e manter um retorno sobre patrimônio médio (ROAE) de 20% até 2026:

  • mudança de uma empresa de financiamento para um banco de consumo;
  • transformação da sinergia da Mosaico em rentabilidade;
  • boas perspectivas para o ciclo do crédito não produtivo;
  • potencial de otimização de capital; e
  • forte estratégia complementar com o BTG Pactual em banco de consumo e gestão de investimentos.

No ponto do banco de consumo, Arthuzo e Batista pontuam que, para o Banco Pan, a forte criação de valor reside na combinação de uma experiência de usuário de comércio eletrônico de alta qualidade e uma oferta de produtos financeiros bem projetados, em meio a recursos de financiamento baratos.

“Assim, à luz do ambiente competitivo desafiador no comércio eletrônico brasileiro, assumimos um crescimento modesto para Mosaico, com volume bruto de mercadorias em R$ 3,8 bilhões em 2023, expandindo para R$ 4,9 bilhões até 2026”, projetam.

O que esperar do Banco Pan em 2023?

Para 2023, os analistas veem um caminho para uma recuperação de ganhos do banco, dadas as melhores perspectivas de custo de risco em meio a uma recuperação de margem. Segundo eles, o lucro por ação pode crescer 25% este ano, com ROAE recorrente de 17,5% em 2023 e 18,6% em 2024.

Além disso, o UBS BB destaca que o Banco Pan, historicamente, manteve uma participação de mercado de financiamento de veículos “estável” de cerca de 5%, que compreendia 44% da carteira de crédito no terceiro trimestre de 2022.

Dada a dinâmica do setor, com queda do percentual de veículos financiados, mudanças no perfil dos
tomadores e aumento da participação dos carros premium entre os carros novos vendidos, os analistas acreditam que a carteira de crédito de automóveis do banco não acompanhará o ritmo de crescimento do crédito total, “com spreads estáveis e expectativas positivas quanto aos índices de inadimplência”.

Segundo o UBS BB, uma das preocupações da tese do Banco Pan é o risco de execução inerente ao se tornar um banco de consumo.

Entre elas, os analistas destacam o fraco reconhecimento da marca e baixo envolvimento do cliente e da força de trabalho.

Além disso, as incertezas sobre as perspectivas fiscais do Brasil, que podem mudar a trajetória do planejamento de recursos de produção, e o aumento da concorrência no crédito consignado e mudanças na regulamentação são riscos a serem considerados.

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