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O alerta do Ministério da Agricultura para RJs, sinal verde para AgroGalaxy (AGXY3) e novas regras para Fiagros; os destaques do Agro Times

06 out 2024, 10:00 - atualizado em 04 out 2024, 17:23
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O BTG Pactual vê a ação da Suzano ainda mais barata do que antes e o Bradesco BBI reforça compra de 3 ações; as mais lidas do agro

O fim de setembro e a primeira semana de outubro contou com temas relevantes no agroEntre eles, o Bradesco BBI reforça compra de 3 ações, uma pechincha, a top pick e a descontada.

Já a Suzano (SUZB3) disse que sua produção de celulose em 2024 (excluindo Cerrado) será 4% abaixo da sua capacidade produtiva nominal, já que o volume não traria retorno adequado para a Suzano em um momento de mercado de celulose mais complexo.

Segundo o BTG Pactual, que vê a ação ainda mais barata do antes, a medida reforça o comprometimento da empresa, líder do segmento, em disciplinar o setor e otimizar seu ROIC (retorno sobre o capital investido) geral.

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Os temas que mais se destacaram na última semana

5º lugar – CVM publica nova norma para Fiagros; entenda as mudanças

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editou nesta segunda-feira (30) a Resolução CVM 214, que cria uma regulamentação específica para os Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas do Agronegócios (Fiagros)

De acordo com a CVM, a nova regulamentação busca:

  1. facilitar o acesso do dinâmico e inovador agronegócio local aos recursos da poupança pública brasileira por meio de fundos de investimento.
  2. prover os Fiagros de padrões de conduta, transparência informacional e governança que sirvam à proteção dos investidores, mandato fundamental da Autarquia.

4º lugar – M. Dias Branco (MDIA3): XP rebaixa ação e cita 3 motivos; veja

XP Investimentos rebaixou sua recomendação para M. Dias Branco (MDIA3de compra para neutra (preço-alvo de R$ 31,30 e potencial de alta de 25%).

Segundo a corretora, há uma assimetria negativa para os lucros de curto prazo, impulsionada por:

  1. incerteza significativa em relação à extensão dos repasses de preços da empresa e seu potencial impacto nos volumes, já que os concorrentes têm ficado para trás;
  2. pressões nas margens devido ao aumento dos custos de importação de matérias-primas (particularmente trigo e óleo de palma) em um BRL desvalorizado;
  3. despesas SG&A (despesas administrativas, de vendas e gerais) persistentemente altas.

Top 3 do agro

? 3º lugar – AgroGalaxy (AGXY3) tem recuperação judicial deferida pela Justiça, com dívidas de R$ 4,67 bilhões

A  AgroGalaxy (AGXY3) e suas subsidiárias receberam nesta terça-feira (01) a aprovação da 19ª Vara Cível e Ambiental da Comarca de Goiânia para o seu pedido de recuperação judicial. A empresa informou o mercado através de comunicado na CVM. A empresa informou que a íntegra da decisão judicial de deferimento está disponível no seu site de RI.

? 2º lugar – ‘Não vejo crise no setor, mas caso AgroGalaxy (AGXY3) preocupa’, diz CEO da Boa Safra (SOJA3)

O CEO da Boa Safra (SOJA3)Marino Colpo, disse, em entrevista exclusiva ao Money Times, que o pedido de recuperação judicial da AgroGalaxy (AGXY3) preocupa o agronegócio, mas disse não enxergar uma crise no setor.

“A notícia é ruim para o mercado no geral, por ser uma empresa tão grande e sofisticada, com acesso ao mercado como é o caso da AgroGalaxy. O setor conta com um grande desafio que é o acesso ao crédito, porque o produtor sempre precisa de caixa, e o ciclo de compra de insumos acontece entre agosto e outubro, mas a colheita só começa em fevereiro. Há um desafio de faturamento”.

? 1º lugar – ‘Há uma crise no agro e podemos ver recuperação judicial de outras empresas da Bolsa’, vê diretor do Ministério da Agricultura

O até então diretor de gestão de risco agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Jonatas Pulquerio, disse, em conversa com o Money Times, que o agro do Brasil vive um problema estrutural. O setor acendeu um alerta após o pedido de recuperação judicial da AgroGalaxy (AGXY3) e do Portal Agro.

Pulquerio reforça que o grande problema é a falta de liquidez com o vencimento de dívidas de curto prazo. “É difícil prevermos outros casos (de RJ’s de empresas do agro listadas). Mas a realidade que me passaram na conversa com a Aqua Capital é de que o produtor está com problemas. E se esse cenário existe, vamos ver outras RJ’s”.

Pulquerio foi exonerado na quarta-feira (1), após o cargo ser pedido pela bancada do PSD (Partido Social Democrático), partido do ministro Fávaro. A tendência é que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, indique um novo nome para o cargo. Pulquério ficou 18 meses na pasta e deve retornar a Mato Grosso, onde é servidor de carreira