O alerta da Verde Asset sobre a disparada do petróleo
A alta do petróleo entrou no radar de uma das maiores gestoras do Brasil. No relatório de gestão do mês de julho, a Verde Asset fez considerações sobre a dinâmica recente de preços do barril e alerta que, “pela primeira vez no ano”, o mercado da commodity está sujeito a um aperto importante nas condições de oferta.
Cortes sucessivos anunciados pela Arábia Saudita, país que lidera o potencial produtivo da Opep+, desde junho estão criando as condições para o encarecimento dos contratos de negociação, sobretudo, do óleo tipo Brent.
Além da coalização de produtores lideradas pelos sauditas, a Rússia, um outro produtor importante da commodity, decidiu que irá diminuir em mais 300 mil barris por dia a produção da commodity a partir do mês que vem.
Atualmente, a referência está sendo negociada a US$ 87 por barril, depois de ter avançado 5,1% em junho e mais 12.4% em julho. Trata-se do maior nível para a commodity desde novembro de 2022.
Para a Verde Asset, a política de cortes de produção da Arábia Saudita deve ser revertida parcialmente somente quando o Brent alcançar uma zona próxima dos US$ 100 por barril. “Há, portanto, potencial para mais altas”, diz a carta.
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Petróleo virou “convidado indesejado”
Sob o ponto de vista do controle inflacionário e da esperança de afrouxamento da política de juros, o avanço do petróleo é uma notícia preocupante.
“Um convidado indesejado ameaça voltar a festa”, diz a gestora na carta. A Verde explica a metáfora da seguinte forma: “no atual equilíbrio macroeconômico, novas altas do preço de energia são particularmente perniciosas, pois aumentam a inflação, e, portanto, forçam os bancos centrais a taxas de juro ainda mais altas.”
A dor de cabeça também ‘sobra’ para os consumidores, que veem parte de suas rendas reais corroídas com gastos envolvendo energia e alimentos (categoria diretamente impactada pelo preço dos combustíveis).