Construção Civil

Números recordes em vendas nas construtoras é ‘bom demais pra ser verdade’? Itaú BBA responde

01 nov 2024, 9:53 - atualizado em 01 nov 2024, 9:53
construção - imóveis - ações
(Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O mercado tem acompanhado uma sequência de recordes no número de vendas nas principais construtoras do país. Nas prévias do terceiro trimestre (3T24), também foi possível ver resultados acima do esperado.

No meio disso, o Comitê de Politica Monetária (Copom) voltou a subir a taxa Selic, fator que costuma prejudicar o setor imobiliário de renda média. Mesmo assim, a demanda por imóveis segue aquecida.

De olho nesse cenário, o Itaú BBA realizou um estudo para entender o que mantém as pessoas interessadas na compra e identificou cinco fatores cruciais para isso:

  • demografia favorável;
  • crescimento de renda entre médio e alto dígito;
  • desemprego em nível recorde;
  • alta confiança do consumidor; e
  • concessão de crédito.

Os números sólidos que indicam um cenário positivo e um aumento na competição entre bancos se traduz, segundo os analistas da instituição, em hipotecas como uma importante ferramenta de retenção de clientes.

“Em nossa opinião, a combinação desses elementos tem fortalecido a demanda e a oferta, apesar das taxas de hipoteca desfavoráveis”, avaliam.

Observando estes pontos, o BBA entende que ainda há “folego no tanque” e que esses ventos favoráveis devem continuar beneficiando o setor por algum tempo — já que, na visão deles, são fatores que são improváveis de mudar abruptamente.

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No entanto, o mercado deve ficar atento à disponibilidade de crédito, pois é um tema mais preocupante e pode mudar mais rapidamente. “Até agora, as concessões de hipotecas continuam a expandir. Continuaremos monitorando os indicadores de crédito”.

Desta forma, o Itaú BBA reforça que, na análise de impulso de ganhos de curto prazo, a Cyrela (CYRE3) permanecerá forte e segue com a recomendação de “outperform” (desempenho acima da média) para a ação.

Porém, a preferência dos analistas ainda é Direcional (DIRR3). “O segmento de renda média depende de taxas nominais de longo prazo mais baixas para se concretizar”, explicam.

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