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Números provam que os caminhos contra desmatamento passam pela recuperação de pastagens

30 nov 2022, 16:31 - atualizado em 30 nov 2022, 16:35
Pastos ruins vão melhorando e é sinal de melhoria no contexto geral do desmatamento

Todos os caminhos para barrar o desmatamento passam pelas pastagens existentes da pecuária extensiva.

E os dados do MapBiomas mostram que os produtores encontraram a solução, embora possam não concordar, em sua maioria, com os números gerais de supressão da cobertura vegetal.

A organização não-governamental, que agrega universidades, institutos e empresas, trouxe números que qualificam a melhora das condições gerais das pastagens.

Ou seja, quando muito se fala que a recuperação dos pastos é a melhor saída – não apenas para evitar a abertura de novos, mas também para prover a engorda dos bois com qualidade -, o levantamento de duas décadas provou que é verdade.

Em 2000, o Brasil tinha 34,7% de pastagens “severamente degradadas”. Caiu para 21,8% em 2021.

Nessa mesma linha de tempo, o total “sem degradação” era de 25,2%. Subiu para 37,2%.

Apenas os pastos com “degradação intermediária” permaneceram com percentuais estáveis, entre 40% e 41%.

Nesse contexto, o MapBiomas detectou 151 milhões de hectares, naquele ano base, e 152 até o final de 2021.

No levantamento inédito, mostra-se também que a área ocupada por pastagens cultivadas cresceu aceleradamente até final de 1999, depois estacionou, para na sequência ter um leve declínio de 6% até o começo de 2022.

Está em linha, também, com o avanço do confinamento no Brasil, ou seja, a pecuária intensiva.

Em termos gerais de desmatamento, a Ong diagnosticou que de toda a área desmatada no Brasil, que se aproxima de 35% somando todos os biomas, 90% foram ou são de pastagens.

E a Amazônia foi onde mais avançou, através basicamente do Pará. Nas últimas duas décadas, diz o estudo, houve 40% de aumento da área para bois no Norte.

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