Números provam que os caminhos contra desmatamento passam pela recuperação de pastagens
Todos os caminhos para barrar o desmatamento passam pelas pastagens existentes da pecuária extensiva.
E os dados do MapBiomas mostram que os produtores encontraram a solução, embora possam não concordar, em sua maioria, com os números gerais de supressão da cobertura vegetal.
A organização não-governamental, que agrega universidades, institutos e empresas, trouxe números que qualificam a melhora das condições gerais das pastagens.
Ou seja, quando muito se fala que a recuperação dos pastos é a melhor saída – não apenas para evitar a abertura de novos, mas também para prover a engorda dos bois com qualidade -, o levantamento de duas décadas provou que é verdade.
Em 2000, o Brasil tinha 34,7% de pastagens “severamente degradadas”. Caiu para 21,8% em 2021.
Nessa mesma linha de tempo, o total “sem degradação” era de 25,2%. Subiu para 37,2%.
Apenas os pastos com “degradação intermediária” permaneceram com percentuais estáveis, entre 40% e 41%.
Nesse contexto, o MapBiomas detectou 151 milhões de hectares, naquele ano base, e 152 até o final de 2021.
No levantamento inédito, mostra-se também que a área ocupada por pastagens cultivadas cresceu aceleradamente até final de 1999, depois estacionou, para na sequência ter um leve declínio de 6% até o começo de 2022.
Está em linha, também, com o avanço do confinamento no Brasil, ou seja, a pecuária intensiva.
Em termos gerais de desmatamento, a Ong diagnosticou que de toda a área desmatada no Brasil, que se aproxima de 35% somando todos os biomas, 90% foram ou são de pastagens.
E a Amazônia foi onde mais avançou, através basicamente do Pará. Nas últimas duas décadas, diz o estudo, houve 40% de aumento da área para bois no Norte.
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