Números do IRB estão melhorando, mas ainda há um longo caminho pela frente
O balanço financeiro do IRB (IRBR3) mostrou que os números da companhia estão melhorando após passar por meses complicados, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido, na visão do BTG Pactual.
A empresa reportou prejuízo líquido de R$ 229,8 milhões no terceiro trimestre, reduzindo as perdas em relação ao segundo trimestre. A cifra, contudo, é 1.067% superior ao prejuízo de R$ 19,7 milhões registrado um ano antes.
O total de prêmios emitidos cresceu 29,5% na comparação anual e somou R$ 2,975 bilhões. Descontando-se os prêmios retrocedidos, os prêmios retidos alcançaram R$ 1,524 bilhão, o que representa uma queda de 14,7% sobre o terceiro trimestre de 2019.
Os sinistros retidos totalizaram R$ 1,487 bilhão, com alta de 16% sobre um ano atrás. O resultado financeiro e patrimonial, R$ 115,3 milhões, foi 944,8% superior.
“Provavelmente será um longo caminho, em nossa opinião, para o ROE voltar aos custo de capital, mas a questão agora não é se o IRB sobreviverá, mas sim quão lucrativo ele pode ser em seu novo formato”, afirmou o BTG.
De acordo com o banco, entre as novas estratégias do IRB está a mudança do seu foco para prêmios no Brasil, onde sua vantagem competitiva é maior, apoiada por um vasto banco de dados histórico e expertise técnica, reduzindo a exposição ao portfólio internacional.
A ideia da companhia é conseguir resultados mais satisfatórios no longo prazo, mas o BTG ainda não vê motivos para alterar sua recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 6.