Número de empresas abertas em 2020 bate recorde histórico
A crise de Covid-19, em 2020, não foi apenas sanitária. A necessidade de isolamento social que forçou os estabelecimentos a interromper as atividades e a impossibilidade de movimentar o comércio foi um dos problemas agravantes decorrentes da pandemia.
A economia brasileira (e mundial) também foi muito afetada, devido ao crescimento preocupante do número de desempregados, por exemplo, e empresas que tiveram de fechar as portas.
Por outro lado, os brasileiros tiveram de se reinventar e encontrar novos meios de superar a crise, o que resultou em um aumento considerável do número de empresas abertas em 2020 – o maior crescimento desde 2011.
Segundo dados levantados pela Serasa Experian, foram abertas mais de três milhões de empresas em 2020, um crescimento de quase 9% em relação a 2019, que superou o recorde de 2011.
Uma quantia expressiva dessas empresas é composta por Microempreendedores Individuais, os chamados MEIs, com 79%, que em sua maioria são trabalhadores autônomos que abriram Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) para prestação de serviços.
A possibilidade de emitir notas fiscais, pagar INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para garantias de direito como aposentadoria e auxílio-maternidade ou auxílio-doença são algumas das principais vantagens de abrir um MEI.
Segundo o economista da Serasa, Luiz Rabi, este é um reflexo do “empreendedorismo por necessidade”. Os principais ramos de atividades das empresas abertas em 2020 foram os seguintes.
⦁ Alimentação, representando quase 10%.
⦁ Confecções, com 6,2%.
⦁ Reparos e manutenções, com 6,1%.
Os números refletem uma realidade vista no ano passado: para vender alimentos, não é necessário um custo tão alto para a abertura do negócio.
Diante disso, buscar ajuda de um profissional formado na faculdade de administração pode auxiliar nos processos que precisam ser feitos para a abertura e na gestão das finanças e do negócio.
Já a alta de empresas de confecções se explica pelo número de produção de máscaras contra COVID-19, enquanto as empresas de manutenção e reparos foram muito procuradas, visto que as pessoas começaram a ficar muito mais tempo dentro de casa.
As regiões que mais registraram registros de novas empresas foram: Norte, com quase 21% de aumento em relação a 2019, com cerca de 174,5 mil novos empreendimentos; Centro-Oeste, com crescimento de 13,3%; e, por fim, a região Sul, com 11,5%.
O mais surpreendente é que, segundo dados do Data Sebrae, em relação ao número total de empresas já abertas no Brasil atualmente, a região Norte está em último lugar, com cerca de 826 mil empresas. Em penúltimo, está a região Centro-Oeste, com 1.707.753 empresas.
A região Sul está em segundo lugar, com mais de 3 milhões de estabelecimentos ativos, enquanto a região Sudeste lidera o ranking com mais de 10 milhões de empresas ativas.