Nubank (ROXO34) pode chegar perto de triplicar participação em mercado brasileiro, segundo Goldman Sachs
O Goldman Sachs reafirmou a recomendação de “compra” para as ações do Nubank (ROXO34), com a expectativa de que a empresa pode quase triplicar a sua participação no mercado de empréstimos para varejistas no Brasil, de 4% em 2023 para 11% em 2028.
De acordo com o relatório, assinado por Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Lindsey Shema, a expectativa também é de crescimento para os mercados mexicanos e colombianos. O potencial de crescimento para as ações é de 29%.
Os papéis ROXO34 operavam em alta de 1,88%, às 14h32 desta quinta-feira (11).
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Entre os fatores de risco para a tese de investimentos, estão pontos como um ambiente macroeconômico mais fraco, levando a riscos da qualidade dos ativos e provisões mais elevadas, crescimento mais lento dos empréstimos, regulação afetando as taxas dos cartões de crédito, investimentos no México e na Colômbia que afetam a rentabilidade e ações com direito a voto.
Para o segundo trimestre de 2024 (2T24), a expectativa é de lucro líquido de US$ 425 milhões (ante US$ 379 milhões no 1T24), 3% acima do consenso da Bloomberg, de US$ 413 milhões.
Pix ajuda operações do Nubank no Brasil, mas crescimento de empréstimos pode sofrer com pressões
Os analistas do Goldman afirmam que, ao longo do primeiro trimestre do ano, o Nubank aumentou a participação em empréstimos remunerados em cartões de crédito para 32%, ante taxa de 14% no 1T22, com impulso de lançamentos de recursos de financiamento através do Pix e do boleto.
Em 2022, o banco digital anunciou o lançamento do Pix no crédito, permitindo aos clientes utilizar o limite do cartão para fazer pagamentos instantâneos, simulando parcelas e conferindo a cobrança de taxas pelas transações.
“Analisando os empréstimos com cartão de crédito por segmento de renda, podemos inferir que o NU continua ganhando participação de mercado entre clientes de baixa renda (até 3 salários mínimos)”, afirma o relatório.
Entretanto, uma das pressões que podem surgir no meio do caminho ocorrem no segmento de empréstimos, cujo crescimento pode ser pressionado pela desvalorização do Real em 12% no final do trimestre, levando a uma queda de 3% na carteira de empréstimos (+27% no comparativo anual) e de 1% no trimestre para a carteira remunerada (+52% anualmente).
“No entanto, acreditamos que o impacto nos lucros deverá ser mais moderado, uma vez que o real médio desvalorizou 5% no trimestre”, finalizam.