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Nubank (ROXO34): Lucro do 1T24 dispara 167%, mas não vem dividendos por aí; veja os planos da companhia

15 maio 2024, 15:34 - atualizado em 15 maio 2024, 15:34
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Nubank bate marca de 100 milhões de clientes e tem crescimento de 167% no lucro do 1T24 (Imagem: Divulgação/Nubank)

O Nubank (ROXO34) reportou um crescimento de 167% no primeiro trimestre de 2024 (1T24), mas o diretor financeiro da companhia, Guilherme Lago, afirmou que não vêm dividendos ou recompra de ações por aí. 

A companhia apurou lucro líquido de US$ 378,8 milhões no período, superior ao ganho de US$ 141,8 milhões registrado no mesmo período do ano passado, conforme balanço divulgado ontem (14).

Em evento realizado nesta quarta-feira (15), para clientes e jornalistas, na sede da companhia em São Paulo, Lago explicou que o lucro do Nubank será reinvestido no desenvolvimento de novos produtos e experiência, visando acelerar a “roda de crescimento” da companhia e sua expansão internacional. 

“Desde a metade de 22, temos mostrado lucros consistentes, que vem aumentando trimestre a trimestre e vão seguir aumentando nos próximos anos”, ponderou.

Segundo ele, os resultados da empresa estão ancorados na combinação de três atributos: crescimento forte, lucratividade e resiliência. A companhia destacou ainda sua forte alavancagem operacional do modelo de negócios.

O Nubank defende que a estrutura de custo é fundamental para um diferencial de longo prazo sustentável. Nesse sentido, os quatro pilares de custo dos serviços financeiros de varejo da companhia são:

  • custo de aquisição de US$ 7 por cliente; com US$ 2 em marketing pago;
  • custo de servir <US$ 1 na média mensal por cliente ativo, o que apontam como em média 85% que os bancos incumbentes;
  • custo de risco em 6,3% de taxa de inadimplência de crédito ao consumidor, em média 10% menor do que o setor no Brasil, conforme apresentado;
  • custo de captação em US$ 24,3 bi.
(Imagem: Reprodução)

Nubank bate marca de 100 milhões de clientes

No evento, o Nubank destacou ainda o marco de 100 milhões de usuários — desses, mais de 92 milhões de brasileiros. O CEO da instituição, David Velez, celebrou o número destacando que o objetivo não é bater outros bancos, mas sim atender a demanda de seus clientes de maneira a torná-los fãs do Nubank. 

“Cem milhões parece um grande número, mas muito pequeno diante da oportunidade que temos como empresa”, disse ele no evento.

Presente no Brasil, México e Colômbia, a companhia está focada em sua expansão no México, local em que a fintech conta com 7 milhões de clientes. Aqui no Brasil são mais de 92 milhões e na Colômbia mais de 1 milhão. 

David destaca que a ambição da companhia é reproduzir o modelo de negócios, iniciado em terra brasileiras, no México e Colômbia. No período entre 3 e 5 anos, o CEO estima uma expansão para outros países. 

Na avaliação de Velez, a companhia ainda tem muita oportunidade de expansão, com 100 milhões de clientes representando apenas 1,25% da população mundial. Neste sentido, ele afirma que o Nubank ainda está em seu “day one”.

“Somos uma formiguinha em termos de oportunidade de ganhar mercados”, avalia.

1T24 do Nubank

O Nubank apurou lucro líquido de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre. O lucro líquido ajustado do trimestre somou US$ 442,7 milhões, contra lucro líquido ajustado de US$ 182,4 milhões nos primeiros três meses de 2023.

O retorno anualizado sobre patrimônio líquido (ROE) foi de 23% no trimestre, e de 27% em uma base ajustada.

“Nossos resultados para o primeiro trimestre de 2024 mostram como nosso modelo de negócios também é alimentado pela expansão da receita e custo estável por cliente”, afirmou o fundador e presidente-executivo do Nubank, David Vélez, no comunicado.

A receita da plataforma de serviços financeiros subiu 64%, em base anual e neutra de câmbio, para US$ 2,7 bilhões nos meses de janeiro a março.

O custo médio mensal de atendimento por cliente ativo ficou estável, em 0,9 dólar, “o que demonstra a forte alavancagem operacional do modelo de negócios”, afirmou o Nubank.

*Com Reuters

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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