Nubank (ROXO34): Lucro ajustado dispara e vai a US$ 562 milhões no 2T24; ação salta
O Nubank (ROXO34) apurou lucro líquido ajustado de US$ 562,5 milhões no segundo trimestre, disparada de 114% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme balanço divulgado nesta terça-feira.
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Dessa forma, a fintech conseguiu bater o mercado mais uma vez, superando expectativa de analistas de US$ 472,5 milhões para o período, segundo dados compilados pela LSEG.
As receitas atingiram um novo recorde de US$ 2,8 bilhões, representando aumento de 65%.
“Isso demonstra a capacidade única da empresa de expandir consistentemente a sua base de clientes ativos, ao mesmo tempo que acelera o crescimento da receita e a rentabilidade”, destaca.
Inadimplência do Nubank preocupa?
Apesar da disparada das ações no ano, o Nubank vem sendo questionado por investidores sobre a deterioração da qualidade dos seus números. Pelo menos dois bancos importantes, JPMorgan e UBS, rebaixaram a recomendação do papel recentemente.
Segundo os dados do Banco Central, em maio, o roxinho apresentou uma deterioração na qualidade de crédito, enquanto a maioria dos demais pares manteve-se estável ou apresentou melhora.
E, de fato, houve piora na inadimplência acima de 90 dias de 70 pontos-base (pb) para 7%. Segundo o roxinho, essa elevação é reflexo do aumento sazonal de 90 pb na inadimplência de 15 a 90 dias no trimestre anterior.
Mesmo assim, o mercado parece ter ignorado a piora. A ação disparava 6,77% no after-market na Bolsa de Nova York.
As despesas com provisão para perda de crédito subiram de R$ 590 milhões no ano passado para R$ 759 milhões neste trimestre.
“As despesas com provisão para perdas de crédito cresceram principalmente devido ao crescimento do portfólio de crédito, uma vez que o Nu provisiona as perdas esperadas no momento da originação do crédito, de acordo com a metodologia de perdas esperadas do IFRS 9”, diz.
Rentabilidade acima do Itaú
Já o ROE, que mede o retorno sobre o patrônimo, chegou a 28%, contra os 23% do ano passado. Com isso, a fintech bateu de longe a rentabilidade do Itaú (ITUB4), que ficou em 22,4% neste trimestre.
No release, o banco destaca que está alcançando altos níveis de lucratividade e eficiência, apesar de manter um capital excedente considerável de US$ 2,4 bilhões, a nível da holding.
A fintech também diz que continua investindo no desenvolvimento de futuros produtos e em expansão geográfica, já que observa um enorme potencial para continuar construindo a maior plataforma de consumo da América Latina.
“Nossos resultados do segundo trimestre de 2024 reafirmam a força do nosso modelo de negócios, a eficiência da nossa execução e a resiliência da nossa concessão de crédito”, disse David Vélez, fundador e CEO do Nubank.
Número de usuários salta
No trimestre, o Nubank adicionou 5,2 milhões de novos clientes e 20,8 milhões ano contra ano, atingindo um total de 104,5 milhões de clientes.
“Isso destaca a posição do Nu como uma das maiores e com um dos crescimentos mais acelerados entre as plataformas digitais de serviços financeiros em todo o mundo, além de ser a quarta maior instituição financeira da América Latina em número de clientes”, coloca.
Segundo o banco, o Nu conquistou mais clientes nos últimos 12 meses do que os cinco maiores incumbentes brasileiros combinados, de acordo com dados do Banco Central.
No México, houve adições líquidas de 1,2 milhão de novos clientes no trimestre, atingindo um total de 7,8 milhões de clientes ao final do trimestre.
“Esse sucesso valida a estratégia do Nu de aumentar os rendimentos dos depósitos no México, impulsionando o momentum e solidificando o Nu como a plataforma digital financeira líder em todo o país”, diz.
Além disso, a Nu Colômbia ultrapassou a marca de 1 milhão de clientes, encerrando o trimestre atendendo a
quase 1,3 milhão após o lançamento do produto Cuenta.