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Nubank (ROXO34): Lucro sobe 85% e vai a US$ 552,6 milhões no 4T24; ação despenca

20 fev 2025, 18:13 - atualizado em 20 fev 2025, 19:13
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Antes do IPO, abertura de capital, a empresa era cobrada pelos lucros, que só aparecerem em setembro de 2021

O Nubank (ROXO34) apurou lucro líquido de US$ 552,6 milhões no quarto trimestre de 2024, alta de 85% ante mesmo período do ano passado, mostra balanço divulgado nesta quarta-feira (20).

No ano, a fintech lucrou US$ 1,9 bilhão, salto de 110%, consolidando, assim, a boa fase que vive. Antes do IPO, abertura de capital, a empresa era cobrada pelos lucros, que só aparecerem em setembro de 2021.

Desde então, porém, o roxinho entrega resultados positivos, o que se refletiu na bolsa. A ação saltou mais de 200% em comparação com seu piso, em janeiro de 2023.

“Esses resultados nos colocam entre as instituições financeiras mais rentáveis do mundo, mesmo mantendo uma posição significativa de capital excedente no nível da holding”, afirmou.

O Nubank também viu as receitas atingirem um novo recorde no trimestre, a US$ 3 bilhões, aumento de 50%, com um ROE, retorno de rentabilidade, anualizado de 29%, acima dos grandes bancos, como Itaú (ITUB4), que entregou retorno de 22%.

Mesmo com o avanço, no entanto, a ação tombava 6,22% no pós-mercado na bolsa de Nova York, onde é negociada.

Receitas recordes

A receita financeira líquida de juros (NII na sigla em inglês) do Nu cresceu 57%, a US$ 1,7 bilhões.

Por outro lado, a margem financeira líquida (NIM na sigla em inglês) diminuiu 70 pb, chegando a 17.7% sequencialmente neste trimestre.

Segundo a fintech, os rendimentos dos empréstimos diminuíram, assim como a carteira de cartões de crédito.

Por outro lado, os custos de financiamento aumentaram como resultado do crescimento dos depósitos no México e na Colômbia.

No crédito, para 2025, o diretor de Relações com Investidores do Nubank, Jorg Friedemann, disse a Agência Estado que o banco estará vigilante com o cenário macroeconômico.

Ao mesmo tempo, tem potencial grande dentro de casa para avançar no mercado de empréstimos, sobretudo quando se considera que, dos mais de 100 milhões de clientes, menos de 50% possuem cartão de crédito, que costuma ser o primeiro produto de acesso ao mundo do crédito.

A carteira de crédito da fintech cresceu 75% na comparação, terminando 2024 em US$ 11,5 bilhões. Além disso, a carteira total aumentou 45% em 12 meses e 14% no trimestre, para US$ 20,7 bilhões.

Inadimplência: o X da questão

A inadimplência, linha observada de perto pelo mercado, já que o Nubank possui crédito mais arriscado, melhorou.

O principal indicador, o NPL de 15 a 90 dias, diminuiu sequencialmente 30 pontos-base para 4,1%.

Na explicação, o Nubank diz que melhorou o mix. Ou seja, diminuiu o risco, principalmente em cartões de crédito.

Além disso, o banco aumentou a participação em empréstimos com garantia e perfis de risco mais sólidos em empréstimos sem garantia.

Já o índice de NPL 90+ também diminuiu, a 20 pontos-base, atingindo 7%, em linha com os padrões sazonais e as tendências históricas do índice de NPL 15-90.

Friedemann observa que a inadimplência caiu por questões sazonais, e ressalta que o Nubank também é muito “seletivo e prudente” na originação de crédito, além de ter um modelo “superior” que se baseia em amplo uso de informação e em melhorar a principalidade com o cliente.

As despesas operacionais ficaram em US$ 595,9 milhões, crescimento anual de 24%. O crescimento foi impulsionado principalmente pelos seguintes aumentos:

  1. despesas gerais e administrativas, que aumentaram 35%;
  2. despesas com suporte ao cliente e operações;

Mais clientes

Ao todo, o Nubank adicionou 4,5 milhões de clientes no quarto trimestre de 2024 e 20,4 milhões em 2024, alcançando um total de 114,2  milhões de clientes globais em 31 de dezembro de 2024, aumento de 22% ano contra ano.

“Este crescimento reforça a posição do Nu como uma das plataformas de serviços financeiros digitais de mais rápido crescimento em todo o mundo”.

Atualmente, o roxinho é a terceira maior instituição financeira em número de clientes, de acordo com o Banco Central. O México também ultrapassou o marco de 10 milhões de clientes e a Nu Colômbia atingiu 2,5 milhões de clientes.

Com informações da Agência Estado

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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