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Nubank (ROXO34): Itaú BBA rebaixa recomendação e corta preço-alvo para as ações; qual o motivo? 

14 nov 2024, 15:16 - atualizado em 14 nov 2024, 18:36
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Para o Itaú, os resultados do Nubank devem desencadear uma série de revisões nas provisões de ganhos e uma pausa no crescimento (Imagem: Freepik/Montagem: Julia Shikota)

O Itaú BBA rebaixou a recomendação das ações do Nubank (NU; ROXO34) negociadas na bolsa de Nova York (Nyse) para market perform, equivalente a neutro. O banco também cortou o preço-alvo de US$ 17 para US$ 15 — o que representa um potencial de desvalorização de 4% sobre o preço de fechamento da véspera (13). 

E o motivo por trás da revisão negativa — e da queda das ações na B3 e em Nyse — está nos números da fintech no terceiro trimestre. 

Em reação ao balanço, as ações NU caíram quase 10% na bolsa de valores norte-americana e terminaram a sessão a US$ 15,19 (-2,91%). Já aqui, ROXO34 chegou a recuar mais de 12% na primeira parte do pregão e fechou o dia a R$ 14,40 (-6,49%).



Apesar do salto de mais de 100% no lucro líquido entre julho e setembro, para Pedro Leduc e equipe, o resultado vai desencadear revisões nas previsões de ganhos e uma pausa na expansão dos múltiplos devido à desaceleração da receita — movimento que o banco não esperava. 

As linhas de crédito pessoal e a carteira de cartões do Brasil ainda crescem, mas o ritmo da expansão da receita ficou mais lento, na avaliação do banco. 

Além disso, o analista afirma que os produtos voltados para clientes de alta renda, tanto no Brasil quanto no México, não atingiram um tamanho suficiente para compensar a as perdas na receita — “acontecendo muito antes do que prevíamos”, escreve o analista. 

“Embora acreditemos que a Nu tenha potencial para aumentar a participação de mercado em segmentos de renda média-alta, empréstimos consignados e em outros países, uma desaceleração no Brasil não pode ser ignorada.”

Piora do crédito em 2025

O Itaú BBA também espera uma desaceleração nas margens do Nubank e um aumento do risco com a piora do ambiente de crédito em 2025, em meio a continuidade do ciclo de altas nos juros empenhado pelo Banco Central. 

Com isso, o banco estima um lucro líquido 17% menor no ano que vem, a US$ 2,8 bilhões. 

“A Nu continua sendo uma vencedora a longo prazo, mas monitoraremos os próximos acontecimentos de longe”, dizem Pedro Leduc e equipe. 

Nas contas dos analistas, as ações estão sendo negociadas a um múltiplo de 27x o preço/lucro (P/L). 

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Os números do Nubank no 3T24 

O Nubank apurou lucro líquido de US$ 553 milhões no terceiro trimestre de 2024, disparada de 107% ante mesmo período do ano passado, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (13).

Analistas consultados em pesquisa da LSEG esperavam US$ 559 milhões.

Já o ROE, que mede o retorno sobre o patrônimo, chegou a 30%, o maior já registrado. Com isso, a fintech bateu, de longe, a rentabilidade do Itaú (ITUB4), que ficou em 23,7% neste trimestre.

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