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Nubank quer estrear valendo até US$ 50,6 bilhões na NYSE

01 nov 2021, 11:56 - atualizado em 01 nov 2021, 12:00
Nubank
Com planos de levantar mais de US$ 3 bilhões, o IPO do Nubank também seria o terceiro maior nos EUA neste ano, (Imagem:Reuters/Paulo Whitaker)

O Nubank está buscando ser avaliado em até US$ 50,6 bilhões em sua oferta pública inicial de ações, o que o classificaria entre as empresas mais valiosas da América Latina.

O banco digital está oferecendo pelo menos 289 milhões de ações entre US$ 10 e US$ 11 cada, de acordo com documento enviado à SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.

No topo da faixa, o Nubank estrearia como a sexta empresa mais valiosa da região e a maior instituição financeira.

Com planos de levantar mais de US$ 3 bilhões, o IPO do Nubank também seria o terceiro maior nos EUA neste ano, atrás somente da empresa de e-commerce sul-coreana Coupang e da chinessa Didi Global, de transporte por aplicativo.

O Nubank anunciou na semana passada que havia apresentado uma minuta confidencial de prospecto para abrir seu capital, listando suas ações ordinárias Classe A nos Estados Unidos e, simultaneamente, tendo recibos de depósito brasileiros negociados na B3.

Cada BDR representa 1/6 de uma ação ordinária Classe A. O Nubank também anunciou que vai distribuir BDRs a alguns de seus clientes como forma de recompensá-los.

O preço por ação deve ser definido em 8 de dezembro, de acordo com o cronograma estimado da oferta brasileira.

Maior banco digital independente do mundo, o Nubank está na linha de frente das novas empresas de tecnologia financeira que estão transformando a América Latina. Criada em 2013, a companhia alcançou 48,1 milhões de clientes entre Brasil, México e Colômbia.

Uma oferta bem-sucedida também seria um trunfo para a Berkshire Hathaway, que investiu na companhia no último mês de junho. Naquela época, a Berkshire adquiriu uma fatia de US$ 500 milhões, avaliando o Nubank em US$ 30 bilhões, uma pessoa familiarizada com o assunto disse na época.

Como uma empresa listada, o Nubank iria ultrapassar o valor de mercado de bancos tradicionais com que compete. Mas faria isso longe de atingir a mesma lucratividade.

O Nubank registrou um prejuízo de US$ 99,1 milhões no período de nove meses encerrado em setembro, de acordo com o prospecto, que também alertou para implicações para o lucro no curto prazo da companhia em meio aos planos de expansão.

Ainda assim, a empresa conseguiu seu primeiro lucro líquido com suas operações no Brasil no primeiro semestre do ano.

David Vélez, CEO e fundador do Nubank, possui uma fatia na empresa avaliada em cerca de US$ 10,4 bilhões no ponto médio da faixa indicativa, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. Vélez, 40, terá cerca de 75% do capital votante após a oferta. Cristina Junqueira, 39, uma rara fundadora mulher de uma empresa de tecnologia, possui uma fatia avaliada em cerca de US$ 1,3 bilhões no ponto médio da faixa de preço.

A Sequoia Capital, que investiu US$ 1 milhão no Nubank 2013 em uma rodada de capital semente, agora tem uma fatia que pode ser avaliada a US$ 8,3 bilhões no ponto médio. Outros acionistas incluem DST Global, Tencent e Tiger Global.

Morgan Stanley, Goldman Sachs Group e Citigroup Inc. estão entre os bancos responsáveis pela oferta. Espera-se que as ações sejam negociadas sob o símbolo NU, enquanto os BDRs serão negociados sob NUBR33.

bloomberg@moneytimes.com.br
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