Nubank (NUBR33): Tendências apontam caminho mais lucrativo para o banco, mas… e a ação?
O breakeven (ponto de equilíbrio) do Nubank (NU;NUBR33) deve acontecer ainda em 2022, aponta o JPMorgan.
Em relatório de atualização de estimativas, o banco norte-americano elevou suas projeções para o lucro da companhia no ano a US$ 54 milhões, implicando um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de aproximadamente 1%.
“Assumimos que o Nubank entregará alavancagem operacional e se tornará mais lucrativo, apresentando ganhos crescentes rapidamente, especialmente após 2025″, comenta o time de análise da América Latina da instituição.
O JPMorgan defende que as tendências apresentadas nos resultados do primeiro trimestre não são ruins, apesar das preocupações dos investidores.
“O NPL (créditos não produtivos) de 90 dias do Nubank aumentou 70 pontos-base trimestre a trimestre, o que não se difere de alguns incumbentes, que também mostraram piora de 50-60 pontos-base para o segmento de consumo. São boas notícias, considerando o mix de maior risco do Nubank”, destacam os analistas.
O JPMorgan acrescenta que o Nubank continua ganhando participação de mercado e já alcançou cerca de 45% do TPV (volume total de pagamentos) do Itaú – ou em torno de 11% de toda a indústria.
“Atualmente, o Nubank possui um tamanho bastante similar ao do Santander Brasil (SANB11 – aproximadamente R$ 80 bilhões de TPV no primeiro trimestre de 2022)”, reforçam os analistas.
Embora o crescimento acelerado de empréstimos possa estar “misturado” dentro de um cenário econômico desafiador, o JPMorgan vê bom crescimento de depósitos no trimestre (+131%).
Novo preço-alvo
O JPMorgan cortou o preço-alvo das ações do Nubank de US$ 8 para US$ 5. Mesmo com a forte correção de 60% desde o início do ano, especialistas da casa acreditam que o papel continua caro.
Para o BDR (Brazilian Depositary Receipt, certificado emitido no Brasil que possui como lastro uma ação emitida no exterior), a instituição estima preço justo na faixa de R$ 4-5. A recomendação neutra foi mantida.
“Continuamos vendo o valuation pouco atrativo em um ambiente de taxas de juros altas e maior CoE (custo de capital). Adicionalmente, vemos mercados endereçáveis tangíveis, visto que a estrutura asset light do Nubank potencialmente não é tão grande comparada a dos incumbentes, considerando a falta de algumas ofertas e serviços sem tarifa, menor exposição a clientes com maior renda e distribuição de produtos de terceiros”, explica o JPMorgan.
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