Nubank (NUBR33): Fortuna de David Vélez encolhe R$ 30 bilhões com ações derretendo
Os tempos não estão fáceis para o Nubank (NUBR33). Com a queda constante na precificação das ações da companhia, o cofundador da fintech, David Vélez, viu a sua fortuna encolher em R$ 30 bilhões.
Isso fez com que Vélez deixasse sua posição vantajosa na lista das pessoas mais ricas do mundo.
Desde a abertura do capital, ou IPO, o Nubank já caiu 50% na bolsa norte-americana. Às 9h43 desta quinta-feira (12), antes da abertura do mercado dos Estados Unidos, as ações do banco digital estavam na casa dos US$ 3,69.
Na estreia do Nubank na Nasdaq, os papéis da companhia chegaram a US$ 9, o que fez com que o valor de mercado da empresa superasse os US$ 40 bilhões, passando na frente de bancões como o Itaú Unibanco (ITUB4), e deixando a fortuna de Vélez, que é colombiano, acima de sete dos dez brasileiros mais ricos do mundo, segundo a Forbes.
À época, Vélez passou na frente de bilionários como Eduardo Saverin, Jorge Paulo Lehman e Marcel Hermann Telles.
Atualmente, segundo a lista, André Esteves, do banco BTG Pactual, está na frente do cofundador do Nubank. Esteves tem uma fortuna estimada em US$ 5,5 bilhões, enquanto Vélez tem US$ 3,7 bilhões.
E a felicidade da fintech durou pouco. Com a perda no valor das ações, o valor de mercado do Nubank também caiu, estando agora em torno de US$ 17 bilhões — abaixo do Santander, que vale US$ 47,21 bilhões, do Bradesco, com avaliação de US$ 40,4 bilhões e do Itaú, que se valorizou para cerca de US$ 45 bilhões.
Para o Itaú BBA, resultados fracos nas próximas semanas e liquidez das ações podem provocar ainda mais pressão ao Nubank.
“A faixa intermediária abrange nossas estimativas atuais para um valor justo de US$ 6 a US$ 7. Cenários mais conservadores indicam US$ 3-4. Visões otimistas sobre estimativas e múltiplos podem levar a preços das ações acima de US$ 8”, calculam os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barrajard.
Comprar ou vender Nubank?
Em outro relatório, o Itaú BBA comentou que ficou tentado a mudar a recomendação de venda para as ações do Nubank, por conta da valorização do real e da queda de mais de 40% dos papéis da companhia desde o IPO.
“Optamos por não alterar nossa visão cautelosa antes dos resultados do primeiro trimestre”, disse em relatório assinado por Pedro Leduc e equipe. O banco reduziu o preço-alvo para as ações NU, de US$ 7 para US$ 6,60, ante o atual preço de US$ 6,21.
O Itaú BBA destacou que o Brasil pode ser uma das primeiras grandes economias a reduzir as taxas de juros, mudando a preferência de investimentos para as ações de crescimento.
“Taxas mais baixas, com uma inflação menor e uma melhor criação de empregos, ajudariam a sobrepujar as condições cíclicas desfavoráveis que o Nubank está enfrentando”, afirma.
Para o Itaú BBA, o Nubank deve continuar adicionando clientes – com estimativa de 5 milhões na comparação trimestral, chegando a 59 milhões – e expandindo o crédito ao consumidor em impressionante ritmo de 15%, totalizando R$ 42 bilhões.
Com informações de Kaype Abreu e Renan Dantas