Nubank (NUBR33): Após despencar 60%, é hora de comprar ação?
O BTG Pactual saiu satisfeito de encontro com o fundador e CEO do Nubank (NUBR33), David Velez.
Em relatório enviado a clientes, o banco aponta que quanto mais segue e estuda a companhia, mais gosta da tese.
Entretanto, os analistas ainda mantêm recomendação neutra para a empresa, que acumula queda de 61,85% no ano.
O BTG aponta que o encontro com Velez foi uma boa chance de conhecer o futuro do Nubank, bem como a história e os principais desafios e oportunidades.
Além disso, destaca que o CEO acredita que as empresas de tecnologia, como o Nubank, serão as “vencedoras” em serviços bancários e financeiros, e disse que a missão do Nubank é reinventar serviços com muito mais qualidade e custos muito mais baixos.
“Neste ambiente competitivo acirrado, ser o fornecedor de menor custo é a chave para o sucesso de longo prazo”, diz o BTG.
Objetivo do Nubank
Velez destacou para o BTG que o grande objetivo é se tornar o principal banco dos clientes e espera que o mercado bancário endereçável do Brasil cresça agora que muito mais pessoas, graças ao PIX, estão no sistema bancário.
“Combinado com custos mais baixos devido a menos agências, isso deve aumentar o valor de mercado do setor financeiro local, o que significa que o pool (acordo temporário entre empresas) de lucros do setor bancário crescerá, beneficiando o Nubank”, aponta o BTG Pactual.
Na conversa, Velez disse ainda que seu produto de cartão de crédito mexicano tem o NPS (satisfação dos clientes) mais alto do mundo e que o Nubank pode fornecer serviços financeiros muito melhores a custos muito mais baixos.
O BTG destaca que ele reiterou seus quatro pilares de vantagem de custo, sendo eles:
- CAC: Nubank cresce de forma viral via boca a boca com base em seu alto NPS;
- CTS: embora tenha 70 milhões de clientes, o Nubank tem ~10% do quadro de funcionários de incumbentes;
- CoR: como usa muita IA e ciência de dados, do ponto de vista de subscrição, vê muitas oportunidades para oferecer mais crédito a custos muito mais baixos;
- CoF: Nubank tem muito mais financiamento do que precisa (4x), e teve que “rejeitar” vários clientes nos primeiros dias para evitar seleção adversa negativa.
BTG gosta da história, mas permanece neutro
Para o BTG, no início do ano o valuation foi um grande problema, mas melhorou após a correção do mercado (ação caiu 60% após o IPO).
Além disso, destaca que os NPLs (Non-perfoming lon), que são os empréstimos bancários não pagos pelos clientes, também estão em alta, o que pode criar preocupações extras e pressionar um pouco mais a ação.
O BTG vê ainda um valuation esticado, justificando que não é fácil reportar receitas suficientes no segmento de baixa renda para justificar um valor de mercado de aproximadamente US$ 20 bilhões.
“Estamos aprendendo cada vez mais sobre o Nu, e essas reuniões definitivamente fazem a diferença. Nosso viés também continua melhorando, mas, por enquanto, permanecemos neutros”, diz.
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