Nubank (NUBR3): O que esperar do 3T22, após derrocada da ação
O Nubank (NUBR33) está no caminho certo para melhorar resultados, mas ainda deve ter um terceiro trimestre “de transição”, disse o BTG Pactual nesta sexta-feira (21).
A projeção dos analistas é de prejuízo líquido de R$ 12 milhões no terceiro trimestre e lucro líquido R$ 9 milhões nos últimos três meses do ano.
Segundo o BTG, em relatório assinado por Eduardo Rosman e equipe, o Nubank deve se beneficiar da reprecificação da carteira de crédito pessoal, feita para lidar com um ambiente de qualidade de ativos mais adverso.
“A partir do quarto trimestre, devemos começar a ver uma melhora maior (e relevante) nos custos de captação, auxiliada pela implementação de novas regras de depósito”, disse.
O Nubank divulga o balanço do terceiro trimestre em 14 de novembro, em um momento em que as ações acumulam queda de mais de 60% desde a máxima.
Para o BTG, o atual valor de mercado da empresa, em US$ 20 bilhões, ainda não representa uma oportunidade de compra do papel.
Empréstimos do Nubank
O BTG cita um possível aumento mais forte nos NPLs (empréstimos inadimplentes) do que o indicado na teleconferência do segundo trimestre.
“A principal dúvida é se essa deterioração atrasará a aceleração do crescimento do crédito no quarto trimestre”, ponderou.
Um aumento nos primeiros NPLs deve prejudicar as provisões para perdas com empréstimos, segundo o BTG. “Mas cerca de 80% dessas despesas estão relacionadas à originação de crédito do trimestre”, disse.
“Portanto, não esperamos que a deterioração da qualidade dos ativos tenha muito impacto nos resultados do terceiro trimestre”.
Para o banco, o Nubank deve encerrar a sequência de quatro trimestres de queda da margem bruta, ajudado por um ritmo mais lento de alta da taxa Selic e repactuação total de sua carteira de crédito pessoal.
Já a depreciação cambial deve representar uma adversidade para a Receita Média Mensal por Cliente Ativo (ARPAC), disse o BTG.
No final do terceiro trimestre, Nubank publicou um comunicado dizendo que atingiu 70 milhões de clientes, um pouco abaixo do esperado pelo BTG e implicando adições líquidas semelhantes aos trimestres anteriores (1,6 milhão de clientes/mês).
O ARPAC se beneficiou nos últimos trimestres de fortes altas na taxa Selic, mas o ritmo do aperto monetário enfraqueceu no terceiro trimestre, lembra o BTG.
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