Nubank (NU): Vem lucro maior pela frente; por que a fintech é uma das principais escolhas do Itaú BBA?
O Itaú BBA reforçou, em relatório desta segunda-feira (27), a recomendação outperform (equivalente à compra) para as ações do Nubank (NU), que segue aumentando o crédito por cliente em ritmo acelerado. A fintech é uma de principais escolhas do BBA no segmento financeiro brasileiro.
“Ao expandir as ofertas de produtos, a elegibilidade dos clientes e/ou aumentar o limite, o Nubank monetiza mais e ganha supremacia entre os brasileiros de média e alta renda em sua base”, avaliam Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard.
Os analistas explicam que o sucesso nessa estratégia é crucial para os lucros e para a história de longo prazo da companhia. “Durante esse processo, é natural que as provisões aumentem primeiro (como observado no primeiro trimestre de 2024), e as receitas posteriormente”, afirmam.
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Leduc, Raffaelli e Barranjard ressaltam que as métricas de crédito subjacentes permanecem saudáveis e os indicadores macroeconómicos são favoráveis. Com isso, preveem que a carteira de maior risco impulsione o crescimento dos lucros nos próximos trimestres.
O Itaú BBA reitera sua visão otimista para Nubank. O preço-alvo para o final de 2024 indicado para as ações é de US$ 13. “Vemos as ações negociadas a 24x preço/lucro de US$ 2,1 bilhões esperado para 2024 e 15x do projetado para 2025, oferecendo uma combinação atraente de crescimento/avaliação”, dizem.
Nubank pode aproveitar mais sua base de clientes
Os analistas do Itaú BBA ressaltam que a base de 90 milhões de clientes do Nubank no Brasil não vai crescer para sempre, mas pode ser mais explorada. “A crescente penetração do crédito por cliente é onde o conhecimento dos dados e a conexão do usuário podem ser mais lucrativos, e estamos começando a ver exatamente isso”, explicam.
O crédito total por cliente ativo cresceu 20% entre janeiro e março de 2024, com o crédito remunerado por cliente subindo 45% via aumento de tickets de crédito pessoal e facilidades de cartão. “Acreditamos que seja impulsionado por mais ofertas de produtos, maior apetite por crédito por cliente e mais clientes se tornando elegíveis para crédito”, dizem.
Esses movimentos de crédito ajudam a entender porque as provisões cresceram 40% no primeiro trimestre. Segundo os analistas, o Nubank está “consumindo” mais a renda dos clientes ou permitindo a entrada de clientes mais arriscados. “Isto naturalmente exige mais provisões para risco de crédito na subscrição”, afirmam.
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Leduc, Raffaelli e Barranjard avaliam que o sucesso dessa estratégia deve se traduzir em “poder de ganhos reprimidos” para os próximos trimestres. “Prevê-se que o NII (resultado de intermediação financeira) total, após o custo do risco, cresça 100% em termos homólogos, acelerando no segundo trimestre e aumentando os lucros”, dizem.
Por fim, os analistas destacam a participação de mercado e a qualidade de crédito. “O Nubank responde hoje por 21% das originações de empréstimos pessoais e 26% do mercado nacional de parcelamento de cartões de crédito. Ao analisar o saldo de NPL/juros, um valor de 12,9% é o menor em muitos trimestres, aumentando o risco/retorno da carteira”, avaliam.