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Nubank (NU): roxinho vai lucrar no 4T22?

24 jan 2023, 19:19 - atualizado em 24 jan 2023, 19:51
Nubank
Nubank divulga resultados corporativos no próximo dia 14 de fevereiro (Imagem: Divulgação/ Nubank)

Marcada para o próximo dia 14 de fevereiro, a divulgação dos números corporativos da Nubank (NU) já gera rumores para os mercados.

No terceiro trimestre de 2022 o banco reportou um lucro de US$ 7,8 milhões, revertendo um prejuízo de US$ 34,4 milhões registrado no mesmo período de 2021.

De quebra, o Nubank triplicou a receita na base anual, saindo de US$ 480,9 milhões em 2021 para US$ 1,3 bilhão no ano passado.

Fora do detalhe, o melhoria das métricas corporativas pode ter deixado um gostinho de ‘quero mais’ para os investidores.  Contudo, tendências apresentadas pelo banco no último balanço relacionadas às despesas administrativas e à inadimplência deixam Larissa Oliveira Quaresma, analista da Empiricus, cética com os números do quarto trimestre.

“Esperamos a continuação de algumas tendências que a companhia vem apresentando há alguns trimestres”, aponta a analista.

Nubank sofre com queda da carteira de crédito, inadimplência e cenário negativo para varejo

Larissa Quaresma elenca três fatores para sustentar a sua tese. O primeiro deles envolve uma queda do crescimento da carteira de crédito, já que a companhia decidiu diminuir o ritmo de novas concessões.

O segundo se relacionada ao aumento da inadimplência: “pelos dados oferecidos pelo Banco Central, continua havendo um aumento expressivo na inadimplência do cartão de crédito e do empréstimo pessoal, duas das modalidades oferecidas pelo Nubank“.

Larissa ainda salienta um quarto trimestre negativo para o varejo, o que pode impactar o Nubank via linha de serviços, “que depende principalmente da transacionalidade dos cartões de crédito e débito da companhia”.

Como esse volume de transações deve ser mais fraco, acreditamos que a receita de serviços deve desacelerar o ritmo também.

Para ficar de olho: debandada do fundo ‘Nu Reserva Imediata’ será sentido no 1T23

Indicado como alternativa para o reserva de emergência, o fundo  ‘Nu Reserva Imediata’, que contava até o início do ano com o maior número de cotistas do Brasil, se viu arrastado para o meio do escândalo contábil da Americanas (AMER3).

Exposto à debêntures da Americanas, acentuadamente desvalorizados com o prospecto de calote da dívida pela varejista, o produto de renda fixa do Nubank revoltou os investidores após começar a apresentar rendimentos negativos (muito abaixo do CDI).

A derrocada do fundo de segurança do Nubank levou a uma verdadeira debandada de investidores do produto. Até o momento, mais de 170 mil pessoas resgataram seus recursos do Nu Reserva imediata.

Segundo Larissa, esse movimento deverá ter efeitos claros nos números do primeiro trimestre deste ano: “as receitas de taxas com o fundo DI passam na receita de serviços. Com o volume de resgate que houve, muito provável que a receita desse fundo apresente uma queda, contribuindo para a desaceleração do setor de serviços”.

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