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Nubank (NU) tem maior lucro da história, a US$ 141,8 milhões

15 maio 2023, 18:13 - atualizado em 15 maio 2023, 19:27
Nubank
O banco adicionou 4,5 milhões de clientes no trimestre e 19,5 milhões em comparação com o ano passado (Imagem: Rafael Borges/ Money times)

Nubank (NU;NUBR33) atingiu lucro líquido de US$ 141,8 milhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo o prejuízo de US$ 45 milhões reportado no mesmo período de 2022, mostra o relatório divulgado pela companhia nesta segunda-feira (15). Em reais, a empresa lucrou R$ 736,1 milhões, o maior número da história.

O número superou as expectativas de analistas do mercado. O BTG Pactual, por exemplo, calculava lucro líquido de US$ 74 milhões.

A ação negociada na Bolsa de Nova York chegou a disparar mais de 7% no after-market.

O banco adicionou 4,5 milhões de clientes no trimestre e 19,5 milhões em comparação com o ano passado. Houve crescimento de 87% nas receitas, com alta de 30% na receita mídia mensal por cliente.

A inadimplência de 15 a 90 dias ficou em 4,4%, alta de 70 pontos-base (bps) no trimestre. Já a inadimplência acima de 90 dias subiu para 5,5%.

O roxinho encerrou o período com rentabilidade sobre patrimônio de 37%, enquanto o índice de eficiência – quanto menor, melhor – ficou também em 37%, queda ante os 47,4% do final de 2022.

“A inadimplência está bastante controlada”, disse o presidente-executivo e um dos fundadores do Nubank, David Vélez, citando o efeito sazonal do primeiro trimestre no Brasil, em que os clientes ficam pressionados por pagamentos de impostos e de dívidas de final de ano.

Questionado sobre eventual impacto para o grupo da crise bancária nos Estados Unidos, Vélez afirmou que “não temos visto nenhum efeito. O trimestre foi muito forte, acima de qualquer expectativa”, disse o executivo. “Sobre depósitos, não vimos nenhum tipo de mudança”, acrescentou.

O índice de Basileia do Nubank terminou o trimestre de 18,7% no Brasil, acima do mínimo requerido de 10,5%, e afirmou que tem mais de 2 bilhões de dólares em excedente de fluxo de caixa.

Questionado sobre aquisições, Vélez mencionou que um cenário de juros elevados e redução de liquidez facilita compras de empresas iniciantes. “Estamos olhando para Brasil, México e Colômbia, faz sentido quando tem menos capital disponível para startups. Mas no geral, gostamos de crescer organicamente”, disse o executivo, descartando eventual interesse no mexicano Banamex, que está sendo vendido pelo Citi.

Sobre as discussões em torno de uma eventual criação de teto de juros para rotativo do cartão de crédito, o vice-presidente financeiro do Nubank, Guilherme Lago, afirmou que trata-se de uma discussão complexa, mas que “temos tido diálogo construtivo com governo…há boa vontade (entre as partes) para alguma solução ainda neste ano”.

Com Reuters