Nubank (NUBR33) no fundo do poço: Ação atinge mínima histórica; o que esperar agora?
O Nubank (NU) atingiu, na sessão desta quarta-feira, a sua menor cotação desde que realizou o seu IPO em dezembro de 2021.
A ação, negociada na NYSE (Bolsa de Nova Iorque) derreteu 8% na sessão da última terça, a US$ 5,47, uma queda de 40% em relação ao preço da abertura de capital, que saiu a US$ 9.
Segundo a Economática/TC, o roxinho já perdeu US$ 16 bilhões em valor de mercado neste período. O banco, que era considerado o mais valioso da América Latina, hoje vale US$ 25 bilhões.
A queda na sessão da última terça foi provocada pela informação de que um fim de um lock-up pode despejar US$ 26 bilhões no mercado, segundo a Bloomberg.
Para o Itaú BBA, resultados fracos nas próximas semanas e liquidez das ações podem provocar ainda mais pressão ao Nubank.
“A faixa intermediária abrange nossas estimativas atuais para um valor justo de US$ 6 a US$ 7. Cenários mais conservadores indicam US$ 3-4. Visões otimistas sobre estimativas e múltiplos podem levar a preços das ações acima de US$ 8”, calculam os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barrajard.
Comprar ou vender Nubank?
Em outro relatório, o Itaú BBA comentou que ficou tentado a mudar a recomendação de venda para as ações do Nubank, por conta da valorização do real e da queda de mais de 40% dos papéis da companhia desde o IPO.
“Optamos por não alterar nossa visão cautelosa antes dos resultados do primeiro trimestre”, disse em relatório assinado por Pedro Leduc e equipe. O banco reduziu o preço-alvo para as ações NU, de US$ 7 para US$ 6,60, ante o atual preço de US$ 6,21.
O Itaú BBA destacou que o Brasil pode ser uma das primeiras grandes economias a reduzir as taxas de juros, mudando a preferência de investimentos para as ações de crescimento.
“Taxas mais baixas, com uma inflação menor e uma melhor criação de empregos, ajudariam a sobrepujar as condições cíclicas desfavoráveis que o Nubank está enfrentando”, afirma.
Para o Itaú BBA, o Nubank deve continuar adicionando clientes – com estimativa de 5 milhões na comparação trimestral, chegando a 59 milhões – e expandindo o crédito ao consumidor em impressionante ritmo de 15%, totalizando R$ 42 bilhões.
Com Kaype Abreu