Novos cálculos da Imigrantes garantem fôlego às ações da Ecorodovias
A Ecorodovias (ECOR3) informou ontem (6) que a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) reconheceu um desequilíbrio econômico de R$ 1,6 bilhão em um contrato firmado com a Ecovias dos Imigrantes.
Segundo a nota divulgada pela companhia, o desequilíbrio ocorreu devido a um recálculo dos valores de depreciação dos investimentos da concessionária.
A Ecovias disse que está em fase avançada de negociação dos demais passivos regulatórios e da possível inclusão de novos investimentos de interesse público junto ao governo.
Evento importante
Embora a discussão não seja uma surpresa para o mercado, que tem acompanhado o assunto com atenção ao longo dos últimos meses, o montante reconhecido superou as expectativas.
“Acreditamos que esse reconhecimento passe uma sinalização positiva a respeito do ambiente regulatório e da inclinação da agência e do governo em solucionar pendências contratuais passadas”, destacou Bruna Pezzin, analista de Transporte, Bens de Capital e Shoppings da XP Investimentos.
Para o BTG Pactual (BPAC11), o reconhecimento do desequilíbrio econômico deve ser caracterizado como um evento importante.
O banco aproveitou o fato relevante para revisar a tese de investimento da companhia, incorporando os resultados do primeiro trimestre, as expectativas do cenário macroeconômico e as novas oportunidades de crescimento.
“Não estamos considerando em nossos modelos o rebalanceamento contratual anunciado, pois queremos ver os termos utilizados pelo governo”, explicou o analista Lucas Marquiori.
O BTG reiterou sua recomendação de compra e indicou um novo preço-alvo de R$ 17 para a ação. A XP também manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 14,80.