Mercados

Novo recorde: Ibovespa renova máxima histórica intradia aos 134.574,50 pontos

15 ago 2024, 15:16 - atualizado em 15 ago 2024, 17:24
ibovespa-mercados-acoes-b3
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Com o “empurrão” dos índices de Wall Street, o Ibovespa (IBOV) renovou a máxima histórica intradia nesta quinta-feira (15) e caminha para estender os ganhos pelo oitavo pregão consecutivo.

Por volta de 13h20 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira alcançou os 134.574,50 pontos, com avanço de 0,94%. Esse foi o maior nível registrado após cinco renovações consecutivas de recorde — em um período de um pouco mais de vinte minutos. Acompanhe o Tempo Real.

O último recorde tinha sido registrado em 28 de dezembro de 2023, quando o índice atingiu os 134.391,67 pontos.

O principal índice da bolsa brasileira encerrou o pregão com alta de 0,63%, aos 134.153,42 pontos, perto maior nível de fechamento da história.  Em 27 de dezembro, o índice fechou aos 134.193,72 pontos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que impulsiona o Ibovespa hoje?

O recorde intradia do Ibovespa acontece após uma série de dados de atividade econômica dos Estados Unidos, que afastaram o temor de recessão da maior economia do mundo e aumentaram as apostas de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro. Os índices de Wall Street operam com alta de mais de 1% nesta quinta-feira (15).

Mais cedo, as vendas no varejo norte-americano cresceram o triplo do esperado em julho e os pedidos de auxílio-desemprego semanal ficaram abaixo do esperado.

Ontem, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% na base mensal, mas desacelerou para 2,9% na anual. Isso reforçou as apostas de que o Fed deve dar início ao seu afrouxamento monetário em setembro.

O que divide o mercado é o tamanho do corte. O monitor CME FedWatch mostra que as apostas de um corte de 0,25 pontos-base — que levaria os juros dos EUA (Fed Funds) ao intervalo de 5,00% a 5,25% ao ano — aumentaram, ante aqueles que projetavam um reajuste mais robusto, de 50 pontos-base.

Além disso, o cenário doméstico também tem sua contribuição. Uma nova bateria de balanços e notícias corporativas também repercutem sobre o Ibovespa.

Entre os destaques, IRB Re (IRBR3) dispara mais de 27% com resultado acima das expectativas no segundo trimestre.

As ações da Vale (VALE3) testam alta após três quedas consecutivas e driblam o desempenho negativo do minério de ferro. Já Petrobras (PETR4;PETR3) ganha impulso com a forte valorização do petróleo no mercado internacional.

É importante ressaltar que os papéis da mineradora e da petroleira, combinados com o setor bancário, correspondem a 50% do desempenho do Ibovespa, dado o peso das companhias na composição do índice.

Por outro lado, as contas públicas do governo ainda preocupam os investidores. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou a votação do projeto de lei da desoneração da folha de pagamentos, que beneficia 17 setores da economia, para a próxima terça-feira (20).