Novo plano da Anatel para banda larga é música para os ouvidos da Oi
A revisão do plano estratégico da Anatel até 2023, que ampliou a meta da densidade de banda larga fixa de 46,8% para 57% no Brasil, reforça a visão de que a Oi (OIBR3;OIBR4) será uma peça fundamental deste processo, avaliam os analistas do Bradesco BBI.
A empresa tem redirecionado os seus negócios, enquanto trabalha a sua recuperação judicial, para um foco maior na banda larga e saída da operação móvel.
A sua venda está sendo negociada com a Tim (TIMP3) e a Vivo (VIVT4) e a expectativa é de que ela seja concluída ainda em 2020. O valor esperado é de aproximadamente R$ 15 bilhões.
Portanto, os números mais elevados soam como “música para os ouvidos” da tele.
“Para atingir esses objetivos, a Anatel precisará contar com a Oi, que é a empresa de telecomunicações com a maior rede de fibra do Brasil (cerca de 400 mil km). Além disso, o aumento da velocidade média contratada para 150 Mbps mostra um foco claro na implantação de fibra, pois seria difícil fornecer essa velocidade via cabo”, argumentam os analistas Fred Mendes e Flávia Meireles.
Veja as mudanças no plano da Anatel:
– Ampliar a cobertura com rede de transporte – backhaul de fibra óptica – de 4.012 para 4.883 munícipios;
– Aumentar a velocidade média contratada da banda larga fixa de 45 Mbps para 150 Mbps;
– Ampliar o percentual da população coberta com serviço de banda larga móvel de 97,30% para 98,65%;
– Ampliar o percentual de domicílios com banda larga em área rural de 44,00% para 73,04%; e
– Aumentar a densidade de banda larga fixa de 46,80% para 57,00%.
– Objetivo estratégico – Estimular a competição e a sustentabilidade do setor.
– Manter o grau de concentração de mercado (HHI) na telefonia móvel abaixo de 0,3594; e
– Manter o grau de concentração de mercado (HHI) na Banda Larga Fixa abaixo de 0,1500.