Novo frigorífico no MT abaterá 850 bois/dia e pedirá autorização para exportar imediatamente
Em setembro de 2019, o pecuarista Ovaldir Mançano e seus sócios esperavam inaugurar em setembro passado o Frigorífico Boa Carne para abater 750 bois diários em Colider.
O negócio acabou ficando para fevereiro de 2021, ampliado para 850. E já entrará com pedido simultâneo junto ao governo para aprovação de exportações e entrada em lista internacionais de habilitações. Com a China mantendo a força compradora, não tem como não querer, embora não se sabe como estarão a agenda e as pendências de novas autorizações para exportadores brasileiros.
Os cerca de R$ 70 milhões, com recursos próprios, como Money Times publicou com exclusividade, o ano passado, “deu uma puxadinha para cima”. Tudo com recursos dos proprietários.
O adiamento da inauguração da nova indústria no Norte do Mato Grosso foi por atraso de equipamentos, encomendados e pagos meses antes, sob o argumento dos fornecedores de falta de materiais causada pelos desarranjos na economia vindos com a pandemia.
Câmara fria e sala de desossa foram as que mais sentiram o atraso, que, para Mançano, foi mesmo ““por falta de planejamento e abuso de poder econômico” das empresas contratadas.
O empresário está contando com o término da montagem dos equipamentos e começar a operar ainda pegando o pico da safra de boi das águas no Mato Grosso.
A logística também está montada, com o Boa Carne já avisando produtores que num raio de 400 kms poderá buscar bois.
Como nos primeiros quatro a seis meses a nova planta estará apenas operando para o mercado interno, o negócio será tudo no spot.
Quanto Ovaldir Mançano começar a ter autorização para exportar, aí pode ser que a indústria parta para negociar alguns lotes a termos, garantindo animais futuros.
De certo, mesmo, é que o JBS (JBSS3), sozinho na região, com plantas de um canto a outro, inclusive em Colider, terá concorrente.
E o produtor com certeza sairá ganhando, afirma o novo empresário do ramo frigorifico.