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Novo diretor de operações da Ford vai focar em redução de custo e lançamentos

26 fev 2020, 14:08 - atualizado em 26 fev 2020, 14:08
Jim Farley
Vice de operações da Ford, Jim Farley (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

O próximo vice-presidente de operações da Ford revelou nesta quarta-feira suas prioridades para a recuperação dos negócios da companhia, incluindo cortes de custos e lançamentos de veículos mais eficientes em um ano em que a montadora vai apresentar uma versão redesenhada da picape F-150.

Ainda dentro da estratégia do novo vice-presidente de operações, Jim Farley, a Ford vai acelerar o desenvolvimento da conectividade de seus veículos e o investimentos em veículos comerciais. Farley assumirá o posto na Ford em 1 de março, depois de ser indicado para o cargo mais cedo neste mês.

“Temos que consertar uma série de coisas”, disse Farley a investidores em Nova York, citando a necessidade de corte de 5 bilhões de dólares em custos com garantia, o lançamento bem sucedido de 10 veículos globais nos próximos dois anos e a redução de custos com matéria-prima e logísticos.

A Tesla mostrou como veículos conectados e atualizações de sistemas podem melhorar a lealdade dos clientes, disse Farley. Ele acrescentou que a Ford pode ter melhores resultados com os dados gerados pelos veículos e melhoria do atendimento ao cliente.

A montadora também vai se concentrar mais fortemente nas vantagens geradas por vendas de veículos comerciais. “Isto é uma oportunidade para a Ford”, disse Farley, acrescentando que a montadora tem crescente atenção sobre veículos elétricos.

Na terça-feira, as ações da Ford atingiram o piso em mais de uma década, em meio à escalada na disseminação do coronavírus e preocupações sobre as vendas da empresa fora dos EUA.

A Ford está se reestruturando globalmente, o que no Brasil envolveu o fechamento da fábrica de caminhões e carros de São Bernardo do Campo (SP), e enfrenta demanda cadente na China, seu segundo maior mercado. O presidente-executivo, Jim Hackett, afirmou que a Ford precisa acelerar, mas Farley comentou que o ritmo da reestruturação não precisa ser mais rápido.