Novo “crash” do petróleo? Preço desaba 20% com disputa entre Rússia e Arábia; Ásia cai e Wall Street perde 5%
Os preços do petróleo desabam mais de 20% neste domingo após a Arábia Saudita implementar cortes nos preços e de produção da commodity em uma resposta à decisão da Rússia de não concordar com o plano do país do Oriente Médio que visava cortes de produção por meio da Opep.
A disputa acontece mesmo em um ambiente de demanda enfraquecida por conta dos efeitos econômicos do coronavírus.
Há instantes (23h), o petróleo Brent despencava 23%, a US$ 35. Já o WTI negociava com uma queda de 23,8%, a US$ 32.
Na sexta-feira, a queda de 10% para ambos já tinha sido a maior em 11 anos.
Em Wall Street, os índices futuros recuaram até o limite de 5% e agora operam com baixa de aproximadamente 4%.
Na Ásia, o índice Nikkei terminou em baixa de 5,7% e o Hang Seng recuou 4%.
As ações da petrolífera estatal saudita Aramco caíram 9% neste domingo abaixo do preço de oferta pública inicial (IPO) pela primeira vez desde que começaram a ser negociadas em dezembro. O mercado saudita fechou em queda de 8,3%.
A divisão entre Opep e Rússia reviveu temores relacionados ao “crash” do mercado de petróleo de 2014, quando os sauditas e os russos passaram a brigar por participação no mercado com produtores dos EUA, que nunca participaram de acordos para limitar a oferta.
(Com Reuters)