Novela que envolve Multiplan (MULT3) e Atlético Mineiro tem mais um capítulo

A novela envolvendo a Multiplan (MULT3) e o Atlético Mineiro, dono de 49,9% do shopping DiamondMall, em Belo Horizonte, tem mais um capítulo e pode estar mais perto do fim.

Nesta quarta-feira (18), foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) que a Superintendência-Geral do
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra de 24,95% de participação no shopping, conforme anunciado pela Multiplan em 5 de janeiro.

O despacho do Cade tem data de ontem, 17 de janeiro. Porém, até o momento, a Multiplan não comunicou ao mercado sobre a decisão do órgão regulador. O Atlético ainda não se posicionou sobre a decisão.

Com esse passo, o caminho está aberto para o clube de futebol receber R$ 68 milhões à vista no ato da assinatura definitiva da escritura. Os demais R$ 102 milhões serão pagos em 12 parcelas mensais, indexadas ao índice oficial de inflação do país (IPCA), segundo a Multiplan.

Há pouco, as ações da administradora de shoppings tinham leve alta de 0,5% na Bolsa brasileira.

Entenda a venda do shopping

Em maio de 2022, o conselho deliberativo do Atlético aprovou a venda dos 49,9% que ainda detém, na qual pretendia levantar no mínimo R$ 320 milhões. Em agosto, a Multiplan anunciou a compra dessa participação, por R$ 340 milhões, exercendo o direito de preferência.

Entretanto, em 2 de janeiro deste ano, a administradora de shoppings voltou atrás e disse que não havia concluído a aquisição dessa participação. O que abriu caminho para uma nova negociação entre a empresa e o Galo, três dias após a Multiplan anunciar a desistência do negócio.

A companhia já detinha a maior participação no DiamondMall desde 2017, quando o time mineiro vendeu 50,1% do empreendimento por R$ 296,8 milhões, com correção monetária, em operação concluída em janeiro de 2020.

O Atlético tenta vender o patrimônio para desafogar as dívidas onerosas do clube – geradoras de encargos financeiros como empréstimos e financiamentos. As dívidas totais passam de R$ 1 bilhão.