Novas tarifas dos EUA e IPCA: O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana
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A última semana foi marcada pela divulgação da ata do Copom, que confirmou a possibilidade de mais uma alta de 1 ponto percentual (p.p.) na Selic na próxima reunião, motivado pela inflação e alta do dólar.
No cenário internacional, o destaque foi o payroll que indicou uma desaceleração no mercado de trabalho americano, dando espaço para novas apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve.
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Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram com abertura ao longo da curva. As taxas de juro real se mantiveram estáveis, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando em patamares próximos aos 7,7%, de acordo com a leitura da equipe da XP Investimentos.
Entre os títulos do Tesouro, os papéis fecharam mistos durante a semana. O destaque de maior valorização no período foi a LFT 2028, com 0,24%, e a maior variação negativa ficou com LTN 2030, com -0,38%.
Já no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram em alta. O índice IDEX-DI fechou em 2,12%, contra os 2,07% da semana anterior.
Os prêmios das debêntures isentas tiveram uma queda, ainda de acordo com a XP. O fluxo médio diário de negociações foi de R$ 824 milhões em debêntures não incentivadas, R$ 759 milhões em debêntures incentivadas, R$ 177 milhões em CRIs e R$ 423 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?
A semana começa com o mercado recebendo as novas projeções do Relatório Focus. As apostas para a inflação de 2025 foram elevadas de 5,51% para 5,58% no Boletim Focus desta segunda-feira (10). Trata-se da 17ª alta consecutiva.
Além dele, saem os dados de Barômetros Econômicos Globais, do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre).
Na terça-feira (11) o mercado recebe o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao primeiro mês de 2025.
Na quarta-feira (12), o único indicador do dia será o Crescimento do Setor de Serviços, referente a dezembro. Já na quinta-feira (6), Vendas no Varejo.
Já na agenda internacional, os investidores se preparam para dados como o Índice de Tendência de Emprego, CPI, Vendas no Varejo, Produção Industrial e os Pedidos Semanais por Seguro-Desemprego dos Estados Unidos.
Para além das agendas, Donald Trump ainda colocou uma preocupação a mais nos mercados com a possibilidade de novas taxações no radar de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio.
Vale lembrar que durante seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, mas depois concedeu a vários parceiros comerciais cotas isentas de impostos, incluindo Canadá, México, e Brasil.
*Com Vitória Pitanga