Nova York devolve o ‘voo da galinha’ do açúcar até nos contratos de 2020
A correção positiva do açúcar na terça foi vista mais pela oportunidade de compra na baixa do dia anterior, por parte dos grandes consumidores e incentivou a bolsa de futuros de Nova York a sair em 11.98 cents de dólar por libra-peso no outubro. Ontem os fundos assumiram posições também incentivados por possível quebra da próxima safra global e alta do petróleo. ’Voo de galinha’ nos dois casos, mais ainda no segundo, derrubado por reiteradas informações de novos subsídios indianos.
A commodity voltou a ceder nesta quinta (25). Junto com todas as telas de 2020 em recuo, o contrato driver deste semestre na ICE Futures fechou em 12 c/lp, encolhendo 6 pontos, e voltou a entrar na banda por onde tem ficado, próximo do seu limite de custo de produção.
Não há pontos de sustentação de alta, mesmo com uma safra brasileira mais alcooleira (até mesmo mais do que se previa antes de abril) e uma moagem pouco menor de cana até aqui no Centro-Sul. A contabilidade de danos das geadas no início do mês ainda não são conhecidas, mas as informações dos agentes são mínimas – e talvez um pouco mais prejudicial para o ciclo 20/21.
Entre esses interlocutores está Luiz Carlos Dalben, presidente da Ascana, importante zona produtora na região de Lençóis Paulista (SP) e proprietário da Agrícola Rio Claro, uma das principais fornecedoras do Grupo Zilor.
E com todo esse panorama, ainda há a valorização do real, que tira mais ainda qualquer apetite para fixações no mercado internacional dos exportadores e fabricantes do Brasil.
A safra indiana atual tende a ficar em 30 milhões de toneladas, contra 33 das últimas revisões locais, mas a queda sera neutralizada pelos estoques globais, e pelas informações que incentivos do governo deverão ser ampliados.
Ontem, enquanto a Bloomberg trazia essa informação, já destacada aqui anteriormente, apresentando que a ajuda do governo será talvez no frete – e reafirmando o interesse oficial em elevar as exportações a 7 milhões de toneladas, a Reuters informava queda na produção global baseada em pesquisas feitas com analistas e traders internacionais.
Terça-feira (23) o Money Times deu que a Kingsman, unidade da S&P Global Platts, havia inaugurada a safra de projeções baixistas para a próxima temporada (leva-se em consideração a safra 19/20 que começa na Índia e em outras regiões produtoras).
O mercado testou na quarta, mas voltou atrás.