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Temu tem potencial de crescer muito (e rápido) no Brasil, vê Goldman Sachs

06 jun 2024, 16:31 - atualizado em 06 jun 2024, 16:31
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Para Goldman Sachs, AliExpress e Shopee poderão sentir os efeitos da Temu (Imagem: REUTERS/Florence Lo/Ilustração)

A Temu começou a realizar suas entregas de mercadorias no Brasil nesta quinta-feira (06), ofertando promoções de até 90% em seu aplicativo como comemoração à inauguração da plataforma.

Para os analistas do Goldman Sachs, a crença é de que a empresa consiga ganhar espaço relativamente rápido no Brasil, com nomes como AliExpress e Shopee sendo os primeiros a sentir os efeitos da nova concorrente, assim como varejistas tradicionais sem atuação forte on-line.

A chegada no país ocorre ao mesmo tempo em que o Senado aprova o Projeto de Lei do Mover, que inclui o “jabuti” do fim da isenção para compras internacionais de até US$ 50. O projeto, que agora retorna para a Câmara, prevê uma alíquota de 20% para essas compras, além de incidência do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

No mês passado, a empresa havia conseguido sua aprovação no programa Remessa Conforme, que garantia a isenção fiscal para pedidos de até 50 dólares.

O relatório também aponta que a empresa está em negociações com transportadoras privadas no Brasil para garantir alocação das capacidades de entrega.

Operadora da Temu quer investir na aquisição de consumidores

Para Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini, que assinam o relatório, considerando o elevado interesse de consumidores brasileiros por ofertas internacionais a custos baixos, “acreditamos que a Temu pode ser capaz de aumentar sua base de usuários no Brasil em um curto período de tempo”.

Eles citam como exemplo a presença da empresa no México, que, em apenas seis meses após seu lançamento, alcançou o primeiro lugar na base mensal de usuários ativos.

“Esperamos que a Temu escale de forma relativamente rápida, com base no interesse da PDD Holdings [companhia chinesa de e-commerce que opera a varejista] em investir na aquisição de consumidores, enquanto entra em novos mercados”, explica o Goldman.

Ao analisar os produtos oferecidos pela plataforma, os analistas observaram que atualmente não há a presença de itens como TVs ou geladeiras e eletrônicos como smartphones e notebooks. Também não há sinal de produtos de fornecedores locais.

Uma possível concorrência com o Mercado Livre (MELI34) também foi estudada, mas o entendimento é de que o consumo do público atraído pela Temu é ligeiramente diferente do MELI, onde o tíquete médio é de R$ 140.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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