Nova política de dividendos rende mais à Copel, e dissipa intervenção estatal

Após o mercado precificar riscos maiores de intervenção estatal, a Copel (CPLE3; CPLE5; CPLE6) compartilhou significativos avanços em governança corporativa, após seu conselho de administração propor reforma  do Estatuto Social da companhia para deliberação dos acionistas.

A XP Investimentos destrinchou os principais pontos em pauta na companhia elétrica paranaense:

O programa de UNITs: O programa contempla um desdobramento de ações na proporção de 1 para 10 com a possibilidade de conversão de ações na razão de 1 ordinária para 1 preferência de classe B (e vice-versa).

A formação de uma unit será composta por 5 papéis de emissão da Copel, sendo 1 ordinário (CPLE3) e 4 preferenciais de classe B (CPLE6).

Adesão ao Nível 2 de Governança Corporativa da B3: Segundo a Copel, a migração ao nível 2 está condicionada à realização e liquidação de oferta pública de distribuição secundária de ações ou de Units de titularidade do Estado do Paraná.

Nova Política de Dividendos: A companhia afirmou que a proposta de distribuição de dividendos mencionada na carta do acionista controlador ocorrerá segundo os parâmetros da nova política de dividendos.

“Temos uma visão positiva dos anúncios da Copel, pois sinalizam avanços bem-vindos em governança corporativa que ganham ainda mais importância após elevação da percepção de risco após a divulgação recente de carta do acionista controlador da companhia, o Governo do Estado do Paraná”, enfatizam os analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado, que assinam o relatório da XP.

Com a nova política de dividendos, as distribuições aos acionistas da Copel implicam um dividend yield médio de 13,3% em 2020-2021, segundo a dupla de especialistas da corretora.

Veja a seguir a recomendação da XP para as ações da Copel até o final de 2021:

Empresa	Ticker	Recomendação	Preço-alvo (R$)
Copel	CPLE6	Compra	75