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Nova patente da IBM deseja usar consenso de blockchain em jogos multiplayer

16 nov 2020, 15:12 - atualizado em 16 nov 2020, 15:21
IBM
Com tecnologia blockchain, IBM deseja que participantes do jogo sejam como mineradores de criptomoedas: transmitam blocos à rede e ganhem recompensas por seu trabalho (Imagem: REUTERS/Loren Elliott)

Na semana passada, a IBM registrou uma nova patente que indica possíveis usos de um consenso baseado em blockchain em ambientes de jogos — principalmente aqueles que possuem uma grande variedade multiplayer.

A patente, intitulada “Protocolo de consenso de jogos para blockchain”, foi obtida na última terça-feira (10).

Enviada inicialmente em 2018, a patente dá exemplos em que os participantes de um jogo — principalmente de grandes jogos multiplayer (MMO) — poderiam participar para realizar transações que compõem o fluxo de informações do jogo.

Esses jogadores poderiam ser comparados a mineradores de bitcoin, pois suas fontes de hardware e software seriam usadas para transmitir transações a blocos.

O equilíbrio de poder entre mineradores,
desenvolvedores e usuários de bitcoin

Além disso, esses pontos participantes (ou “peers”) poderiam ser pagos por contribuir com seus recursos ao jogo. Segundo o documento:

Em uma modalidade, o algoritmo de consenso é fornecido como um serviço da rede do jogo para qualquer rede blockchain, além de redes blockchain poderem delegar o consenso a uma rede distribuída de clientes do jogo junto aos pontos do jogo.

Na modalidade escolhida, para cada transação processada pela rede MMO, existe uma taxa.

Essas taxas podem ser distribuídas entre os participantes da rodada de consenso (participantes/usuários relacionados a cada ponto do jogo) como um incentivo, serem utilizadas para manter a infraestrutura da rede ou qualquer outro propósito que atenda a rede do jogo e seus jogadores.

Segundo o documento, esse modelo de consenso focado nos jogadores só é uma parte do sistema total. Porém, seu papel poderia ser expandido caso poder computacional suficiente fosse utilizado.

“Os pontos do jogo só iriam realizar consenso pela transmissão de transações. A execução de contratos autônomos ainda acontecerá na rede blockchain. Em algumas modalidades, a execução de contratos autônomos poderia migrar para a rede MMO se os pontos do jogo tiverem poder computacional suficiente para realizar a tarefa adicional de executar esses contratos e se o caso de negócio o permitir, em termos de segurança e confidencialidade”, explica o documento.

Até hoje, IBM não deu muitos detalhes sobre sua postura em relação a jogos e blockchain.

Em fevereiro, a gigante empresa de tecnologia havia publicado um artigo dividido em três partes sobre as formas em que a tecnologia se interliga com o mundo dos jogos, destacando o uso de tokens não fungíveis (NFTs) para ativos dentro de um jogo.

NFTs representam itens exclusivos e insubstituíveis, como gatinhos virtuais e criaturas místicas, bem como obras de arte.

Entenda os atrativos dos NFTs no podcast Crypto Storm, com a participação de João Hazim, cofundador da EscolaCripto:

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