AgroTimes

Nova onda semanal de forte remarcação em cascata dos preços do etanol hidratado

18 fev 2021, 14:14 - atualizado em 18 fev 2021, 14:41
Gasolina Etanol Combustíveis Diesel
Preço da gasolina favorece semanalmente o etanol, que aproveita e recupera atraso nos preços de 2020 (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Sob o gatilho do petróleo sobre a gasolina, o etanol hidratado segue tirando o atraso dos preços que a baixa demanda deprimiu em 2020 e caminha para fechar a semana em outra alta expressiva nas três pontas: fábrica, distribuidora e postos.

A gasolina terá novo aumento amanhã na refinaria, de 10%, mas como o anúncio foi nesta quinta (18), até o fechamento dos negócios a cadeia estará remarcando os preços do biocombustível.

A competitividade assegura a demanda pelo produto, assim como os estoques cada vez mais baixos em cada agente, sobretudo no produtor, que é, no momento de entressafra da cana-de-açúcar, o regulador do mercado.

Na semana anterior, a alta na usina e destilaria chegou a quase duas vezes a soma de todos os reajustes das sete semanas anteriores. O levantamento do Cepea/Esalq deu 5,41%, com o litro do hidratado chegando em R$ 2,2474 limpos.

No varejo, no mesmo período, o etanol obteve elevação de 0,67%, à média de R$ 3,311 o litro em nível Brasil, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP). Vem mais agora certamente.

Ontem, o Indicador Diário do Etanol, posto em Paulínia, captando o valor das distribuidoras, foi a mais 3,93% – também se aproveitando do fim do feriadão -, já raspando os 15% de elevação acumulada no mês. Hoje deve ter novo aumento, mesmo que já descontando a corrida da véspera.

Ainda na semana de 8 a 12, a gasolina, com três aumentos no ano até então, circulou no preço base de R$ 4,833 o litro nas bombas, de acordo com a ANP, mas superando o teto de R$ 5, segundo a empresa de gestão de frota Vale Card.

Com o reajuste da Petrobras (PETR3; PETR4) a partir da sexta, com o litro ganhando mais R$ 0,23 na refinaria (R$ 2,48), o mercado deve estar se adiantando hoje na movimentação do etanol nos produtores e distribuidores.

Por fora, correndo a favor do combustível de cana e de milho, está o petróleo, que caminha para fechar em leve recuo, em torno dos 0,20% em Londres, mas no explosivo patamar acima de US$ 64 o barril (às 14h10), pressionando o gatilho da Petrobras sobre a gasolina.