Nova ministra da Saúde assume revogando portarias editadas por Bolsonaro; veja íntegra de discurso de posse
A nova ministra da Saúde disse eu seu discurso de posse que sua gestão será pautada pelo diálogo com a ciência. Nísia Trindade, primeira mulher a assumir a presidência da Fiocruz e agora primeira mulher ministra da Saúde, reforçou a intenção de fortalecer o SUS.
“Firmei esse compromisso com muita convicção. A convicção de quem há muito tempo estuda as desigualdades sociais em nosso País e que atua na área de ciência e tecnologia, especialmente a partir da minha história na Fiocruz, para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde e também com sentido de urgência que se requer hoje de todos nós que integramos a equipe do presidente Lula e que farei cumprir com todo o empenho no Ministério da Saúde”, acrescentou Nísia.
Veja íntegra de discurso de nova ministra da Saúde
Quem é a nova ministra da saúde do governo Lula?
Nascida em 1958, no Rio de Janeiro, Nísia tem 64 anos e atualmente é presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nísia assumiu a direção da instituição em 4 de janeiro de 2017.
Durante a pandemia de Covid-19, Nísia criou iniciativas na Fiocruz para enfrentar o vírus, entre elas estão: um novo Centro Hospitalar no campus de Manguinhos e um aumento da capacidade nacional de produção de kits de diagnóstico e processamento de resultados de testagens.
Nísia acredita que a resposta rápida para lidar com pandemias requer investimento constante em ciência, tecnologia e inovação.
É formada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e atuou como professora em redes estaduais e particulares.
Em 1982, iniciou o seu mestrado em Ciência Política no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). Sua tese de doutorado foi “Um Sertão Chamado Brasil”, que conquistou o prêmio de melhor tese de doutorado em Sociologia no IUPERJ e sua publicação encontra-se em 2ª edição.
Nísia também já foi diretora da Casa de Oswaldo Cruz de 1998 até 2005, uma unidade da Fiocruz, voltada para pesquisa e memória em ciências sociais, história e saúde.
É pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com reconhecimentos adicionais por sua produção científica e ações para aprimorar o diálogo entre ciência e sociedade.