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Nova lei do saneamento: o que fazer com as ações da Sabesp, Sanepar e Copasa?

16 jul 2020, 16:51 - atualizado em 16 jul 2020, 16:51
Sabesp
Para o UBS, a melhor ação do setor no momento é a Sabesp, pois ela parece ser a empresa mais bem preparada para usufruir do cenário do novo marco regulatório (Imagem: Facebook)

O presidente Jair Bolsonaro sancionou ontem (15), com 11 vetos, o novo marco legal do saneamento. Dentre os artigos não aprovados está o de número 16, que permite a renovação de contratos de programa com prazo máximo de vigência de 30 anos.

Na avaliação do UBS, que celebrou o acontecimento, o artigo não é substancialmente importante para muitas empresas estatais, já que elas não serão capazes de certificar sua capacidade financeira para manter as concessões.

Além disso, o primeiro parágrafo do artigo 14 foi mantido, o que deve acelerar o processo de privatização das companhias e aumentar a competição no setor.

“Com a aprovação, acreditamos que os investidores estarão atentos aos governos de Minas Gerais e São Paulo, uma vez que ambos os estados sinalizaram a possibilidade de privatizar suas empresas estatais de saneamento”, afirmaram os analistas Giuliano Ajeje e Guilherme Reif, em relatório enviado aos clientes.

Como ficam as ações?

O UBS defendeu que o novo marco regulatório pode desbloquear R$ 620 bilhões em investimentos, o que exigirá uma participação maior do segmento privado.

Para o banco, a melhor ação do setor no momento é a Sabesp (SBSP3), pois ela parece ser a empresa mais bem preparada para usufruir do novo cenário. O UBS ainda relembrou que o governo de São Paulo possui mecanismos suficientes para privatizar a empresa, e a expectativa é de que um pronunciamento seja realizado muito em breve.

“Estimamos que a empresa privatizada poderia valer R$ 117 por ação”, destacaram os analistas.

No caso da Copasa (CSMG3), o processo de privatização se mostra mais desafiador, pois requer mudanças na constituição de Minas Gerais ou uma aprovação de venda em referendo.

Um detalhe levantado pelo UBS é que o governo de Minas gerais está avançando mais rápido do que o de São Paulo no processo de privatização (Imagem: Facebook/Copasa)

“A situação é a mesma do que a da Sabesp: a cidade grande, em muitos casos, subsidia a tarifa geral; acreditamos que, se ela optar por uma renovação, concedentes menores provavelmente seguirão a mesma tendência”, analisaram Ajeje e Reif.

Um detalhe levantado pelo UBS, no entanto, é que o governo de Minas gerais está avançando mais rápido do que o de São Paulo no processo de privatização. Com a Copasa privatizada, o papel chegaria a R$ 117.

Por fim, o banco afirmou que não acredita que a Sanepar (SAPR11) será privatizada por duas razões: as privatizações não estão atualmente nos planos do governo do Paraná, o que implicaria em uma mudança total de direção; e a privatização teria um impacto financeiro pequeno na posição de caixa do estado, que detém 20% de participação na empresa.

Com o novo marco legal, a companhia tem dois cenários possíveis: aumentar a eficiência para ter uma chance de ganhar em leilões ou permanecer do jeito que está.

Recomendações

O UBS atualizou a tese de investimento do setor com recomendação de compra para as três empresas, sendo R$ 75 o preço-alvo da Sabesp, R$ 48 o da Sanepar e R$ 73 o da Copasa.

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