Nova lei do Cadastro Positivo incluirá 120 milhões de consumidores no mercado de crédito
O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta segunda-feira (08), a nova lei de Cadastro Positivo que deverá incluir automaticamente 120 milhões de consumidores no mercado de créditos brasileiro.
Em geral, uma das mudanças mais aguardadas é a redução da taxa média de juros de empréstimo pessoal, que hoje é de 45% ao ano, de acordo com o Banco Central. Em outros modalidades, como no cartão de crédito, a taxa de juros ao ano é de 295,5%, enquanto a do cheque especial pode chegar até 318%.
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“Atualmente os que pagam em dia e os que atrasam o pagamento das suas contas são avaliados da mesma forma e pagam as mesmas taxas de juros. Com a nova lei, será possível distinguir este comportamento e aplicar taxas e condições diferenciadas”, explica Dirceu Gardel, presidente da Boa Vista.
Com a aprovação da lei, as empresas credoras como instituições financeiras, varejistas e prestadores de serviços de consumo com telefonia, energia e gás, deverão, após 90 dias, enviar informações para as gestoras de dados, como a Boa Vista. Em até 30 das após a entrega dos documentos, os consumidores serão comunicados sobre a inclusão no Cadastro Positivo.
“A concessão tenderá a ser mais precisa, já que as gestoras de bancos de dados vão poder mostrar com mais detalhes às concedentes de crédito qual é a real capacidade de pagamento do consumidor. Os scores, da Boa Vista, por exemplo, vão conseguir discriminar os bons pagadores, gerando impactos significativos nos resultados das concedentes. Se melhorarmos esse tipo de avaliação, certamente a inadimplência vai cair, e em um segundo momento a taxa de juros”, comenta o CEO da Boa Vista.
O programa afetará empresas que utilizam as suas informações para melhorar o modo como analisam os perfis dos seus clientes e como concedem crédito. Essa precisão contribuirá para que as propostas de financiamento tenham taxas e condições de pagamento mais adequadas, criando negócios, inclusive, o Retorno sobre Investimento – ROI. O reflexo disso tudo será perceptível na economia, informou a Boa Vista.