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Nova indústria, novo lucro? Veja 4 ações que ganham com programa de Lula, segundo Bradesco

23 jan 2024, 13:45 - atualizado em 23 jan 2024, 13:56
Ações
Algumas empresas da bolsa podem se beneficiar o projeto (Imagem: Gabriel Lemes)

O novo programa do governo Lula para revitalizar a indústria brasileira não foi muito bem recebido pelo mercado. Após o anúncio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Ibovespa afundou as perdas e o dólar disparou mais de 1%, encostado nos R$ 5.

Apesar disso, algumas empresas da bolsa podem lucrar com o projeto.

Segundo o Bradesco BBI, em relatório enviado a clientes, os detalhes anunciados até agora sugerem que a WEG (WEGE3) é potencialmente a empresa mais bem posicionada para se beneficiar desta nova política industrial, seguida pela Marcopolo (POLO3), Embraer (EMBR3), CCR (CCRO3) e Vamos (VAMO3).

R$ 300 bilhões para a indústria: entenda a medida de Lula

O governo Lula anunciou, nesta segunda-feira (22), medidas de investimento para a indústria.

O setor deverá receber R$ 300 bilhões até 2026. O montante do programa, chamado de ‘Nova Indústria Brasil’, será dividido em seis áreas prioritárias:

  • Defesa;
  • Saúde;
  • Infraestrutura;
  • Agro;
  • Digitalização de empresas;
  • Descarbonização.

Segundo o governo, objetivo é induzir a produção nacional, com oferta de crédito especiais. Já os recursos virão de três fontes:

  • BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento);
  • Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do Ministério de Ciência e Tecnologia;
  • Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial).

Os investimentos são voltadas ao desenvolvimento das áreas focadas, com modernização de equipamentos, autonomia na produção de produtos de defesa e a investimentos que corroboram a pauta ambiental.

Na área de defesa, o governo almeja alcançar autonomia de produção de tecnologias consideras críticas; desenvolver energia nuclear, drones militares, sistemas de comunicação e de propulsão.

Para a saúde, o foco é em ampliar o acesso aos medicamentos e equipamentos hospitalares.

Na infraestrutura, o alvo são as cidades. O governo quer diminuir em 20% o tempo de deslocamento para o trabalho.

A administração também pretende aumentar a participação da indústria brasileira no transporte público sustentável, o que está próximo ao plano de descarbonização da administração.

O governo quer aumentar de 23,5% para 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes, além de reduzir a emissão de carbono.

No agro, o governo pretende aumentar mecanização dos estabelecimentos de agricultura familiar, de 18% para 70%.

Com Pedro Pligher

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