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Nova Futura: Mercado irá reagir para confirmação de embate entre Bolsonaro e Haddad

19 set 2018, 8:37 - atualizado em 19 set 2018, 8:38

Por Nova Futura

Os mercados domésticos reagem hoje à pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, que mostrou arrancada do candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, com avanço de 11 pontos porcentuais nas intenções de voto, para 19% – isolado no segundo lugar. Ele está atrás de Jair Bolsonaro, do PSL, consolidado na liderança, com oscilação em alta de 26% para 28% da preferência do eleitorado. Ambos os candidatos são os dois únicos que apresentaram tendência de alta desde o início da série de pesquisas Ibope, em 20 de agosto.

Os investidores também avaliam as taxas de rejeição dos dois, que indicam polarização: os eleitores que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum passaram de 41% no levantamento anterior para 42% agora e, no caso de Haddad, de 23% para 29%.

Ainda, analisam dados como a conquista da liderança por Haddad na região Nordeste, ultrapassando o presidenciável Ciro Gomes (PDT), e o empate do petista com Bolsonaro na preferência do eleitorado feminino. Entre as mulheres, Bolsonaro tem 20% das intenções de voto para o primeiro turno da eleição presidencial e Haddad tem 19% (margem de erro de dois pontos porcentuais).

Na pesquisa anterior do Ibope, Bolsonaro tinha 18% da preferência entre as mulheres e Haddad era citado por 8% das eleitoras. No universo total de eleitores, os dois estão empatados numericamente na segunda etapa da eleição: 40% a 40%. O mercado, contudo, já vinha considerando em alguma medida as chances de o segundo turno ser formado por Bolsonaro e Haddad, segundo analistas ouvidos ontem pelo Broadcast. A conferir a reação. Do lado econômico, o dia é de expectativa por sinais do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação ao plano de voo para o fim deste ano.

Alguns profissionais aguardam alguma alteração no teor do comunicado que acompanhará o anúncio da Selic, que provavelmente deve ser mantida em 6,50% ao ano nesta noite. A modificação no texto do comunicado se justificaria pela pressão do dólar e risco eleitoral.

No exterior, os retornos dos Treasuries mantêm a tendência de alta, às máximas, após o yield (retorno) da T-note de 2 anos já ter atingido ontem o maior patamar desde setembro de 2008. O avanço é apoiado pela perspectiva de que a disputa comercial entre Estados Unidos e China deva resultar em mais inflação nos EUA e, consequentemente, alta de juros. Os futuros de Nova York rondam a estabilidade e os índices das bolsas europeias têm viés de alta.

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