Nova Futura: Mercado digere noticiário sobre eleições antes do Ibope
A 13 dias da votação do segundo turno das eleições, as atenções dos mercados locais devem seguir concentradas nos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) e nas pesquisas eleitorais. Hoje tem Ibope/Estadão/Folha e, na quarta-feira, Datafolha.
Por enquanto, Bolsonaro continua sem participar dos debates, embora esteja ativo nas ruas, redes sociais e entrevistas. Sua equipe médica dará esta semana avaliação sobre se ele poderá estar presente nos debates da semana que vem na Record (21/10) e da Globo (26/10).
Em coletiva de imprensa na quinta-feira, porém, Bolsonaro admitiu existir a “possibilidade estratégica” de não ir a nenhum debate. O general Aléssio Ribeiro Souto, que está à frente do grupo que elabora propostas para o Ministério de Educação de um eventual governo Bolsonaro, disse ontem que “é muito forte a ideia” de se fazer ampla revisão dos currículos e das bibliografias usadas nas escolas para evitar que crianças sejam expostas a ideologias e conteúdo impróprio.
Ele defende que professores exponham a verdade sobre o “regime de 1964”, narrando, por exemplo, mortes “dos dois lados”. O mercado pode reagir a declarações de Bolsonaro que, em transmissão ao vivo no Facebook na sexta-feira, voltou a defender a não privatização de empresas estatais “estratégicas” e citou Banco do Brasil, Caixa Econômica e Furnas entre os exemplos do que não planeja ceder à iniciativa privada.
Segundo o candidato, o mercado vai gostar do plano de privatização de empresas estatais de seu eventual governo. A ideia é vender primeiro “aquelas quase 50 estatais criadas pelo PT”.