Nova Futura: Mercado deve dar continuidade ao rali da véspera
Após o Datafolha reforçar o fortalecimento de Jair Bolsonaro (PSL) nas intenções de voto e apontar uma distância ainda maior entre ele e Fernando Haddad (PT), de 11 pontos, o mercado deve dar continuidade ao rali da véspera, a quatro dias do primeiro turno das eleições. A primeira reação positiva do investidor à pesquisa foi vista ontem à noite no exterior, com o avanço de mais de 4% no after hours do principal fundo de índice do Brasil negociado em Nova York, o EWZ, e hoje alguns papéis brasileiros negociados em Londres subiam mais de 4% em Londres.
O Datafolha mostrou Bolsonaro indo de 28% para 32%, enquanto Haddad oscilou de 22% para 21%. Ciro Gomes (PDT) permaneceu com 11% e Geraldo Alckmin (PSDB) variou de 10% para 9%. Além disso, o petista teve aumento da rejeição, que passou de 32% para 41%. Já Bolsonaro oscilou de 46% para 45%. A pesquisa mostrou ainda que o candidato do PSL subiu em todos os cenários de 2º turno.
Bolsonaro comemorou ontem o resultado da pesquisas e o ânimo dos mercados com seu avanço em uma transmissão ao vivo no Facebook. “Isso, em grande parte, reflete a confiança que eles têm no nosso futuro ministro da fazenda e planejamento, o Paulo Guedes”, disse. Especialistas entrevistados pelo Broadcast avaliam que a chance de uma vitória de Bolsonaro no primeiro turno existe, mas é pequena.
Em reação ao Ibope que mostrou também avanço de Bolsonaro, o dólar já fechou abaixo de R$ 4,00 na véspera. Já a Bovespa fechou com alta de 3,80%, a maior variação porcentual desde 7 de novembro de 2016 (+3,98%). E a curva de juro a termo mostra um cenário mais suave para a política monetária e ontem precificava 74% de chance de aumento de 0,25 ponto porcentual da Selic este mês, para 6,75%, e 26% de possibilidade de manutenção, no lugar de aumento de 0,50pp da taxa, como vinha sendo precificado nas últimas semanas.
Após reagir à pesquisa Datafolha o mercado ficará atento à próxima pesquisa Ibope, que será divulgada esta noite. No exterior prevalece nesta manhã o sinal positivo nos futuros de Nova York e bolsas europeias, com investidores à espera do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e outros dirigentes do BC americano, e melhora do humor com a Itália.