Nova Futura: Larga vantagem de Bolsonaro reforça otimismo
O resultado da pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo com 59% dos votos válidos para Jair Bolsonaro (PSL) e 41% para Fernando Haddad (PT) deve reforçar o tom otimista nas mesas de operação com o possível desfecho do segundo turno favorável ao capitão reformado.
Já a rejeição ao candidato do PSL está em 35%, enquanto ao petista aparece com 47%. Embora Haddad tenha reconhecido ontem à noite a dificuldade em virar o jogo, ele avalia que a campanha “recomeça agora” e “o desafio é tirar 9 pontos dele”.
No mercado, no entanto, os investidores devem vibrar e um ensaio de recuperação dos ativos no exterior nesta manhã pode influenciar também no bom humor.
Os investidores vão seguir focados na disputa eleitoral, nas propostas e nomes que poderão compor a futura equipe econômica, em como o governo será conduzido, além da capacidade de obter apoio no Congresso. Há dúvidas sobretudo em relação a questões como a reforma da Previdência, privatizações, gestão do orçamento e adoção de 13º para o Bolsa Família.
Até agora, os dois candidatos ao Palácio do Planalto já falaram, por exemplo, que podem propor à Previdência Social uma transição do regime de repartição para um modelo de capitalização, mas não deram detalhes. Em entrevista exclusiva ao Broadcast, o secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, disse ontem que essa medida, num caso radical, poderia representar a perda de R$ 400 bilhões por ano em arrecadação aos cofres públicos.
Segundo ele, a perda de receitas aconteceria caso todos os profissionais ativos e que ainda não recebem a aposentadoria no País deixassem de contribuir à Previdência e passassem a fazer sua aposentadoria individualmente.
Em relação ao projeto de reforma atual, Caetano afirma que o próximo presidente é quem vai definir se continua a tocar o projeto na Câmara ou não, muito mais do que o governo Temer, que já sinalizou que dificilmente essa reforma vai prosperar este ano.