Mercados

Nova Futura: Investidores avaliam a rejeição aos candidatos

17 set 2018, 9:53 - atualizado em 17 set 2018, 9:53

Por Nova Futura

Os mercados domésticos abrem a semana sob influência dos números da pesquisa Datafolha, divulgados na última sexta-feira, que mostraram oscilação em alta do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e crescimento do presidenciável do PT, Fernando Haddad. Ciro Gomes ficou estável, Geraldo Alckmin oscilou em baixa e Marina Silva registrou queda, ainda de acordo com o mesmo levantamento.

Além de ajustar os preços dos ativos para esses movimentos, os investidores avaliam a rejeição aos candidatos. Bolsonaro apresentou a maior taxa (44% dos entrevistados disseram que não votariam nele de jeito nenhum, de 43% antes), enquanto Haddad foi o que teve maior aumento na rejeição (de 22% para 26%). Ainda, o mercado analisa o processo de transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao seu substituto, ou seja, quanto ao potencial de avanço de Haddad.

A defesa de Lula teve negado, neste sábado, pedido feito ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que declarasse o direito do petista gravar áudios e vídeos de dentro da prisão, que seriam utilizados em propaganda eleitoral. Do lado de Bolsonaro, ontem ele fez um vídeo ao vivo em redes sociais, no qual atacou as pesquisas de opinião que apontam sua derrota no segundo turno e o crescimento de Haddad.

Com aparência debilitada e chorando em vários trechos da transmissão, o candidato do PSL levantou a possibilidade de haver fraude nas eleições de outubro para beneficiar o PT e disse que, caso Haddad seja eleito, ele libertaria o ex-presidente Lula e o nomearia ministro. Haddad evitou responder diretamente se, uma vez eleito, concederia indulto que garantisse a liberdade a Lula.

Nesta manhã, tem pesquisa CNT/MDA sobre as eleições presidenciais. Na agenda econômica, o destaque é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho. Indicador de tendência do Produto Interno Bruto (PIB), deve seguir a dinâmica de fraqueza dos dados de atividade já divulgados, conforme o Projeções Broadcast. No exterior, a cautela com o comércio global pesa.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender sua estratégia de impor tarifas sobre importações americanas em mensagens no Twitter. No fim de semana, reportagem do Wall Street Journal informou que ele estaria perto de fazer o anúncio de impor tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em produtos da China e o mesmo jornal publicou ainda que a China estaria reticente em aceitar a nova proposta americana de diálogo, nesse contexto.

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