Nova Futura: Investidor de olho no mercado internacional

Por Nova Futura

Sem descuidar do noticiário eleitoral, que envolve desde a saúde do líder nas pesquisas de intenção de voto para presidente, Jair Bolsonaro (PSL), até desdobramentos na campanha dele e nas estratégias de adversários, os investidores também devem manter atenção no mercado internacional, onde estão previstas decisões de juros dos bancos centrais da Turquia, Inglaterra e europeu (BCE), além de inflação ao consumidor nos Estados Unidos.

Bolsonaro foi submetido ontem à noite a uma cirurgia de emergência, procedimento que foi bem-sucedido, segundo o Hospital Albert Einstein. Novo boletim médico deve ser divulgado esta manhã. À Coluna do Estadão, aliados do candidato do PSL já admitem a hipótese de ele não participar das atividades da campanha nem no
segundo turno, caso passe para essa fase da disputa eleitoral.

O efeito imediato na disputa, ainda segundo a Coluna, será um cessar-fogo na artilharia contra ele por parte dos seus oponentes. Permanece ainda no radar a possibilidade de o vice na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, substituir o candidato em debates de TV. O partido de Mourão, PRTB, faria consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre isso, como já havia informado o Broadcast na última terça-feira. A presença de Mourão nos debates não era consenso na equipe que coordena a campanha presidencial.

No exterior, o tom é de expectativa pelos BCs. Um forte avanço do dólar ante a lira turca nesta manhã puxa a alta da moeda norte-americana ante as de outros países emergentes, embutindo os riscos de contágio da crise na Turquia. O presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, voltou a se mostrar contrário a aumentos nos juros. Analistas, porém, esperam elevação das taxas. Ainda na Turquia, o governo baixou nesta manhã decreto proibindo vendas domésticas e a cobrança de aluguéis em moeda estrangeira para tentar conter a desvalorização da moeda local.

A decisão do BCE, por sua vez, vem acompanhada, na sequência, de entrevista do presidente Mario Draghi. Nos EUA, a inflação ao consumidor deve vir limitada por preços moderados de energia no mês passado, embora os alimentos devam apresentar leve avanço. O indicador deve apresentar avanço de 0,1% a 0,3% na passagem de julho para agosto, com mediana de alta de 0,3%, segundo pesquisa Broadcast. Na comparação com agosto de 2017, a mediana é de 2,8%. Na agenda econômica do Brasil, o destaque são as vendas no varejo.