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Nova Futura: Investidor de olho na pesquisa Ibope de hoje à noite

24 set 2018, 8:59 - atualizado em 24 set 2018, 9:00

Por Nova Futura

A apenas 13 dias do primeiro turno das eleições, o investidor começa a semana na expectativa pela pesquisa Ibope com os presidenciáveis, que sai hoje à noite. O último levantamento do instituto trouxe mau humor aos mercados locais na semana passada ao mostrar um avanço de 11 pontos de Fernando Haddad (PT), para 19%, ficando atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que se manteve na liderança com 28% das intenções de voto. Em terceiro lugar apareceu Ciro Gomes (PDT), que se manteve com 11%.

O investidor monitora também como devem se configurar os apoios para um segundo turno. O Centrão – bloco formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade -, que está apoiando Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno, já discute nos bastidores como será um eventual segundo turno da disputa sem o tucano, conforme apurou o Broadcast. Mas publicamente os dirigentes desses partidos afirmam acreditar em uma “virada” no jogo nos últimos dias de campanha.

Se Bolsonaro for para o segundo turno, a tendência é que pelo menos o DEM e o PTB apoiem o capitão reformado do Exército. Há uma possibilidade de divisão no DEM, caso Ciro siga para a próxima etapa, mas segundo apurou o Estado, a maioria do partido prefere fechar com o candidato do PSL. Enquanto isso, Haddad e Ciro buscam os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva e mostraram discursos semelhantes em visitas ao Nordeste neste domingo, enfatizando a geração de emprego e melhoria da educação.

No lado de Bolsonaro, que segue internado, mas com seu quadro de saúde progredindo, as atenções ficam no economista Paulo Guedes, seu coordenador do programa econômico e que assumiria o Ministério da Fazenda caso o candidato seja eleito. Guedes defendeu no fim de semana a votação em bloco para partidos políticos. Segundo ele, seu posicionamento não é “nada secreto” e foi tema de conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), em encontro há cerca de seis meses.

Maia, por sua vez, negou ter tratado com o economista sobre “superpoderes dos partidos” e afirmou também não conhecer o teor da proposta. “Pela imprensa, parece uma ideia ruim”, disse. Em meio às movimentações dos candidatos, as próximas pesquisas – esta semana tem também a Datafolha – devem concentrar mais as atenções do que qualquer indicador local, embora nos próximos dias os mercados devam olhar também a ata do Copom e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

No exterior, a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre os juros é o ponto alto da agenda. Além do Fed, segue no foco a relação comercial conflituosa entre Estados Unidos e China, que coloca as bolsas europeias e futuros de Nova York em baixa. Hoje entra em vigor a tarifa dos EUA contra US$ 200 bilhões em produtos da China e também a retaliação de Pequim contra US$ 60 bilhões em produtos americanos. Trump já ameaçou impor tarifas sobre mais de US$ 250 bilhões em produtos chineses e Pequim decidiu não participar do diálogo sobre comércio proposto pelos EUA, segundo o Wall Street Journal.

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